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domingo, 31 de agosto de 2014

CHICO XAVIER E A POLÍTICA



Recordando seus aprendizados no caminho do roteiro da “disciplina, disciplina, disciplina” prescrito pelo seu Orientador Espiritual como essencial para sua vitória árdua tarefa da mediunidade, Chico Xavier contou que certa vez “alguns companheiros conversavam furiosamente, em Pedro Leopoldo (MG), sobre certo político, ‘a coisa devia ser assim, devia ser de certo modo, o homem era a perversidade em pessoa, prometera isso e fizera aquilo’, quando um dos presentes dirigiu-se a ele e perguntou: - Que diz você, Chico. Temos alguma referência dos Amigos Espirituais sobre o caso?.. No justo momento em que ia emitir sua opinião, ouviu o voz de Emmanuel sussurrar-lhe, segura, aos ouvidos: - Cale a sua boca. Você nada tem a ver com isso. Chico ruborizou-se e o grupo, em torno, verificou que ele não conseguia responder, apesar do desejo de externar-se. Alguém ponderou que ele deveria estar mal e rodearam-no, em oração, dando-lhe passes. A reunião dispersou-se. Lembra que não foram poucos os que, estranhando o caso, afirmaram em surdina que o Chico parecia francamente um pobre obsidiado”. Os anos passaram, a experiência foi se sedimentando e o respeitado médium manifestou-se em outras oportunidades sobre o polêmico assunto. Alguns desses pareceres foram preservados em livros disponíveis para estudo como O EVANGELHO DE CHICO XAVIER e ORAÇÕES DE CHICO XAVIER, ambos do publicados no acervo de Carlos Antonio Baccelli. Num deles diz que “se nossos governantes tivessem amor e espírito de compreensão por seus governados, tudo seria modificado. Mas isso teria de começar de cima. Alguém me perguntou: -’Chico, a assistência é serviço do governo. Por que você dá assistência?. Respondi: - “Dou assistência como a pessoa que vê a casa do vizinho incendiada e, até que o corpo de bombeiros apareça, a casa já se foi(...). Então, pelo menos um balde de água eu tenho que carregar, não é?”. Noutra ocasião ponderou: “Infelizmente, muitos daqueles que nos dirigem não querem se enriquecer apenas para esta vida: acumulam indevidamente tanto dinheiro, que nos dão a impressão de que querem ser milionários para a Eternidade”. Ofereceu ainda uma orientação: “Devemos orar pelos políticos, pelos administradores da vida pública. A tentação do poder é muito grande. Eu não gostaria de estar no lugar de nenhum deles. A omissão de quem pode e não auxilia o povo é comparável a um crime que se pratica contra a comunidade inteira. Tenho visto muitos Espíritos dos que foram homens públicos na Terra em lastimável situação na Vida Espiritual. A propósito das preocupações com as questões políticas da nossa Dimensão, o Espírito Emmanuel psicografou interessante página intitulada POLÍTICA DIVINA, em que diz: -“O discípulo sincero do Evangelho não necessita respirar o clima da política administrativa do mundo para cumprir o ministério que lhe é cometido. O Governador da Terra, entre nós, para atender aos objetivos da política do amor, representou, antes de tudo, os interesses de Deus junto do coração humano, sem necessidade de portarias e decretos, respeitáveis embora. Administrou servindo, elevou os demais, humilhando a si mesmo. Não vestiu traje de sacerdote, nem a toga de magistrado. Amou profundamente os semelhantes e, nessa tarefa sublime, testemunhou a sua grandeza espiritual. Que seria das organizações cristãs, se o apostolado que lhes diz respeito estivesse subordinado a reis e ministros, câmaras e parlamentos transitórios? Se desejas penetrar, efetivamente, o templo da verdade e da fé viva, da paz e do amor, com Jesus, não olvides as plataformas do Evangelho Redentor. Ama a Deus sobre todas as coisas, com todo o teu coração e entendimento. Ama o próximo como a ti mesmo. Cessa o egoísmo da animalidade primitiva. Faze o Bem aos que te fazem mal. Abençoa os que te perseguem e caluniam. Ora pela paz dos que te ferem. Bendize os que te contrariam o coração inclinado ao passado interior. Reparte as alegrias de teu espírito e os dons de tua vida com os menos afortunados e mais pobres do caminho. Dissipa as trevas, fazendo brilhar a tua luz. Revela o amor que acalma as tempestades do ódio. Mantém viva a chama da esperança, onde sopra o frio do desalento. Levanta os caídos. Sê a muleta benfeitora dos que se arrastam sob aleijões morais. Combate a ignorância, acendendo lâmpadas de auxílio fraterno, sem golpes de crítica e sem gritos de condenação. Ama, compreende e perdoa sempre. Dependerás, acaso, de decretos humanos para meter mãos à obra? (...) Não te esqueças das recomendações traçadas no Código da Vida Eterna, na execução das quais devemos edificar o Reino Divino, dentro de nós mesmos”.


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