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quinta-feira, 9 de outubro de 2025

SEM FRONTEIRAS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

A conhecida vila litorânea de Cascais, a meia hora de Lisboa, capital portuguesa, ficou abalada quando se espalhou nos noticiários do dia 15 de fevereiro de 1985, a notícia da morte por acidente com arma de fogo do jovem Carlos Teles Sobral Junior, um dos filhos do casal Yolanda e Carlos Teles Sobral. Aeronauta a serviço de importante companhia aérea, seu pai trabalhava há vários anos na rota Portugal /Brasil /Portugal, o que acabou por fazer que sua filha Mônica fixasse residência na cidade do Rio de Janeiro, o que, por sinal, mantinha na ocasião, sua mãe a seu lado. Seu pai encontrava-se cumprindo folga de sua escala de trabalho, contudo, quando se verificou a tragédia, havia saído para resolver alguns negócios. A perplexidade ante o impacto da ocorrência converteu-se em desespero e dor diante do fato inexplicável. Junior, 25 anos, estudante, trabalhava em uma loja de artigos musicais montada pelo pai para que ele se mantivesse ocupado. Nada justificava por isso um possível suicídio, nem a existência de qualquer tipo de armamento entre os pertences do filho. Dolorosos dias se tornaram semanas quando ouviram sobre Chico Xavier e, desesperados, se mudaram para Uberaba, Minas Gerais. No Grupo Espírita da Prece, na primeira parte das reuniões públicas, dedicada às consultas respondidas, psicograficamente, receberam o seguinte recado: “- Jesus nos abençoe. Notícias solicitadas serão recebidas oportunamente. Confiemos no amparo de Jesus, hoje e sempre”. Esperançosos, retornaram no dia 18 de maio e, entre outras, ouviram o médium ler, ao final das páginas recebidas naquela noite/madrugada, a ansiada, esclarecedora e confortadora carta do amado filho. Logo no início da missiva, Junior revela detalhe somente do conhecimento dos familiares: “... o papai Carlos julgou prudente que me demorasse em Portugal, até que pudéssemos decidir detalhes de nosso reencontro, que ainda não sabíamos se no Rio ou em Lisboa”. Mais adiante, expõe um aspecto de sua personalidade e comportamento, absolutamente desconhecido pelos entes mais próximos   : “- Em minhas travessuras de rapaz, que deveria ajustar-se aos princípios renovadores cabíveis em minha própria idade, em minhas travessuras, repito, não fui amigo de um que se habituara a passar rente a nossa moradia, suscitando-me o desejo de experimentar lhe a paciência com meus pensamentos de rapaz acriançado que eu era. Se tivesse conhecimento de sua passagem, ao lado de nossas portas, alegrava-me vê-lo atarantado com os sustos que lhe impunha, especialmente em jatos de água a descerem do alto sobre o pobre passante. Certa vez em que ele era seguido de uma criança, esculpi a figura de uma serpente em papelão pintado a caráter, controlando o animal imaginário com uma corda quase invisível para ele. Em dado momento, coloquei a estranha figura rente a ele e tamanha foi a sua reação, ao ver que a criança se tomara de terror, que o amigo, vitima de minhas brincadeira de mau gosto, me chamou às contas e prometeu cobrar-me aquela grande série de emoções descontroladas a que lhe submetia o ânimo enfermiço”. Certamente tais detalhes surpreenderam aos familiares, que ignoravam tais atitudes do filho. Prosseguindo, Junior desvenda o mistério que nem a polícia conseguiu esclarecer: “– Pois, o inconcebível aconteceu. Ele esperou que o pai se ausentasse de casa e, percebendo-me a sós, penetrou o recanto e, ao encontrar-me, despejou o projétil que me estirou no piso do quarto... Estava sob a impressão de meu injustificável espanto, quando, incapaz de mover-me, ainda o vi colocar em minha mão esquerda a arma que somente funcionaria, a rigor, em minha destra, largada à imobilidade da desencarnação. Não consegui chamar por socorro porque a hemorragia fulminante me subtraiu todas as possibilidades de movimento e, caindo no estado comatoso em que me vi, ainda lhe consegui observar a cautela com que se retirara de nossa casa, naturalmente receando qualquer punição aberta. Quem foi? Não sei. . Junior prossegue: “- Uma senhora, que se me revelou na condição de minha bisavó Maria Pereira Nunes, às pressas, me retirou do quadro de minha provação. Em seus braços fortes e acolhedores consegui o sono que necessitava e, desde então, despertando transformado em meus sentimentos mais íntimos, refleti sobre a ocorrência que a polícia afinal não desvendaria” . A perícia qualificou a ocorrência apenas como um acidente com arma de fogo mostrando a superficialidade com que foi conduzida, pois o detalhe da posição do revolver na mão esquerda quando Junior era destro, deixou de ser observado.


Eu nunca tinha visto uma pessoa falecer, mas quando assisti os últimos momentos do meu tio, estremeci. Se é assim que as pessoas morrem, elas devem sofrer muito pra morrer.

Sobre os últimos momentos de uma pessoa, devemos considerar o seguinte: uma coisa é morte do corpo, outra o desprendimento do espírito.

Esses dois fenômenos não se dão precisamente no mesmo instante. Há situações em que a desencarnação tem início bem antes da morte como, por exemplo, nos casos de doença prolongada.

Mas pode acontecer o contrário, se o Espírito insiste em não desencarnar. Nesses casos é possível que o espírito permaneça precariamente ligado ao corpo, mesmo quando se deu a morte clínica.

  Mas a questão mais importante é esta: como era em vida a pessoa está desencarnando? Que tipo de vida levava? Que tipo de relações tinha com a família ou com os estranhos?

A condição moral da pessoa, portanto, é muito importante para a situação que vai se configurar no momento de seu desencarne.

Mesmo assim, no livro OBREIROS DA VIDA ETERNA, André Luiz, ao relatar o desencarne de Dimas, um homem bom, em certo momento volta-se para o cadáver de Dimas para acompanhar os últimos instantes da vida biológica.

E, quando Dimas já está desencarnado, no colo de sua mãe também desencarnada, conversando com ela, seu corpo ainda está lutando para sobreviver, porque sobreviver é lei da natureza.

A vantagem é que Dimas, espírita, não estava preocupado com o corpo, pois se desligara definitiva e mentalmente dele, razão pela qual a luta do corpo para sobreviver nele não tinha nenhuma repercussão.

  Desse modo, caro ouvinte, nem sempre é possível saber da condição do espírito com base apenas nas reações tormentosas que o corpo experimenta nos momentos de agonia.

Se você quiser mais detalhes sobre essa situação, leia com atenção o capítulo 15 de OBREIROS DA VIDA ETERNA, intitulado “Aprendendo sempre”.


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