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quarta-feira, 15 de outubro de 2025

A OBSESSÃO SOB ANGULOS INUSITADOS ; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Um encontro casual após um esbarrão no final da tarde de 22 de outubro de 1946, numa das principais avenidas de Belo Horizonte, resultou numa amizade e convivência quase diária pelos próximos doze anos, até que as circunstancias obrigassem Chico Xavier a se mudar para Uberaba, no Triângulo Mineiro. Assim explica Arnaldo Rocha sua ligação com o médium mineiro, que já na primeira oportunidade, surpreendeu o ateu e materialista Arnaldo, ainda abalado com a morte da querida esposa 21 dias antes. Após as apresentações, Chico, sem nunca tê-lo visto nesta existência, comenta sobre a beleza da jovem falecida, pedindo para ver a foto guardada no bolso traseiro de sua calça. A jovem chamara-se na existência recem terminada, Irma de Castro, apelidada Meimei, forma carinhosa com que o apaixonado esposo a tratava.. No início dos anos 50, Chico assoberbado pelo grande número de necessitados que o cercavam insistiu na importância de reativar de forma regular os trabalhos de desobsessão a que se consagrou até a morte de seu irmão José Xavier, em 1939. Assim , em 31 de julho de 1952, começava a funcionar o Grupo Meimei, sob a coordenação em nosso Plano de Arnaldo, apesar de não se reconhecer com o preparo necessário. Mergulhou numa confusão mental, como escreveria no livro MANDATO DE AMOR (uem), derivada do entristecimento pela “ vivência e participação em situações tão infelizes ”. Ocorreu-lhe a idéia de, através de Chico, pedir ao orientador espiritual Emmanuel, fornecesse maiores esclarecimentos sobre a obsessão. Instantes depois, o médium disse-lhe: “- Nosso Benfeitor pede para inteirar-lhe que no momento acha-se ocupado em determinados setores de serviço, que o impedem de atender-nos, como seria de seu desejo. Mas solicitará a um amigo a cooperação fraterna de sua experiência nesse mister ”. Semanas depois, nos instantes finais das reuniões do Grupo Meimei, após modificações significativas na fisionomia de Chico, o Espírito do Dr. Francisco Menezes Dias da Cruz. Era a noite de 15 de julho de 1954, e o médico desencarnado, explicou estar atendendo às solicitações de Emmanuel, desdobrando desde então um ciclo de sete explanações sobre o assunto solicitado. Na primeira intitulada ALERGIA E OBSESSÃO , estabelece interessante proposição afirmando que “a obsessão é um processo alérgico, interessando o equilíbrio da mente ”. Didaticamente explica: “- Recordemos que as radiações mentais, que podemos classificar por agentes “R”, na maioria das vezes se apresentam, na base de formação da substância “H”, desempenhando importante papel em quase todas as perturbações neuropsíquicas e usando o cérebro como órgão de choque. Todos os nossos pensamentos definidos por vibrações, palavras ou atos, arrojam de nós raios específicos. Assim sendo, é indispensável cuidar de nossas próprias atitudes, na autodefesa e no amparo aos semelhantes”. Na abordagem seguinte, PARASITOSE MENTAL, aprecia o vampirismo, figurando-o como sendo inquietante fenômeno de parasitose mental. Considera que “pelo imã do pensamento doentio e descontrolado, o homem provoca sobre si a contaminação fluídica de entidades em desequilíbrio, capazes de conduzí-lo à escabiose e à ulceração, à dispsomania e à loucura, à cirrose e aos tumores benignos ou malignos de variada procedência, tanto quanto aos vícios que corroem a vida moral, e, através do próprio pensamento desgovernado, pode fabricar para si mesmo as mais graves eclosões de alienação mental, como sejam as psicoses de angústia e ódio, vaidade e orgulho, usura e delinquência, desânimo e egocentrismo, impondo ao veículo orgânico processos patogênicos indefiníveis, que lhe favorecem a derrocada ou a morte”. Na terceira manifestação, tratou do DOMÍNIO MAGNÉTICO, serve-se do hipnotismo, comparando o estado de sujeição da vontade do hipnotizado ao do obsediado. Diz que “o processo se assemelha ao utilizado pelos desencarnados de condição inferior, consciente ou inconscientemente, na cultura do vampirismo. Justapõem-se à aura das criaturas que lhes oferecem passividade e, sugando-lhes as energias, senhoreiam-lhes as zonas motoras e sensórias, inclusive os centros cerebrais, em que o espírito conserva as suas conquistas de linguagem e sensibilidade, memória e percepção, dominando-as à maneira do artista que controla as teclas de um piano, criando assim as doenças-fantasmas de todos os tipos que, em se alongando no tempo, operam a degenerescência dos tecidos orgânicos, estabelecendo o império de moléstias reais, que persistem até a morte”. Seguindo, o Dr. Dias da Cruz, comentou a FIXAÇÃOMENTAL, dizendo que “as reações contínuas, hauridas pelos nervos da organização sensorial, determinando a compulsória movimentação do cérebro, associadas aos múltiplos serviços da alimentação, da higiene e da preservação orgânica, estabelecem todo um conjunto vibratório de emoções e sensações sobre as cordas sensíveis da memória. Na visita seguinte, o assunto foi A TERAPEUTICA DA PRECE, em que ele considera que “ no tratamento da obsessão, é necessário salientá-la como elemento valioso na introdução à cura ”. As duas últimas abordagens seriam dedicadas à AUTOFLAGELAÇÃO, em que lembra que “ toda violência praticada por nós, contra os outros, significa dilaceração em nós mesmos ”. Concluindo, o comentário dedicou-se à OBSESSÃO OCULTA , salientando o “impositivo de nossa vigilância em todos os estados passivos de nossa alma, porque, através da meditação e do sono, nos identificamos, muita vez de modo imperceptível, com os pensamentos que nos são sugeridos pelas inteligências desencarnadas ou não, que se afinam conosco e, se não nos guardamos na fortaleza das obrigações retamente cumpridas, caímos sem dificuldade nas malhas da obsessão oculta ”.


Gostaria de uma explicação sobre a passagem em que uma mãe vai pedir a Deus que reserve lugares para seus dois filhos no reino de Deus. Isso me faz lembrar das pessoas que querem obter privilégios para seus familiares, o tal do nepotismo no mundo político.

De fato, é um momento interessante que uma mãe amorosa  intercede junto a Jesus em favor de seus dois filhos, os jovens João e Tiago que estavam entre os seus apóstolos.

Mateus narra assim esse fato: “Aproximou-se de Jesus a mãe dos filhos de Zebedeu com seus filhos, prostrando-se para lhe fazer um pedido. Jesus disse: que queres?

Ela respondeu: Ordena que estes meus dois filhos se sentem no teu reino, um à sua direita e outro à sua esquerda.

Jesus respondendo, disse: Não sabeis o que pedis. Podeis vos beber o cálice que hei de beber? Eles responderam: Podemos

Disse-lhes Jesus:  Efetivamente haveis de beber o meu cálice, mas quanto a estardes sentados à minha direita e à minha esquerda, não pertence a mim conceder-lhes, mas será para aqueles para quem está reservado por meu Pai.

É fácil perceber que, como toda mãe, aquela mulher queria o melhor para seus filhos. Como ouvira Jesus falar sobre o reino de Deus, ela achava que se tratava de um reino material como os da Terra, em que o rei sempre tem seus protegidos.

Mas Jesus não falava de um reino material, mas sim de um reino espiritual, do qual participariam aqueles que fazem a vontade de Deus.

Nesse reino, portanto, o mérito está em ser bom e, principalmente, em amar o próximo como a si mesmo. Só quem cumprisse a lei do Amor, que é a lei de Deus, poderia participar desse reino.

Aliás, esse reino de que fala Jesus não é conseguido a partir de pedidos, mas, sim, pelo mérito que a pessoa reúne, pois é uma concessão de Deus.

Muitos não entendiam Jesus, mesmo quando usava de uma linguagem figurada, como é o caso da palavra “reino”.

Jesus procurou explicar que o reino de Deus é a conquista da paz íntima e, portanto, o maior bem espiritual.

“O reino de Deus está entre vós”- explicou certa ocasião.

Mas, ele percebeu que aquela mãe, ansiosa em proteger os filhos, não adquirira esse entendimento e, portanto, lhe pedia algo que não competia a ele resolver.

  Quando Jesus , voltando-se para os rapazes, perguntou  se eles podiam beber do cálice que ele (Jesus) bebia, ingenuamente os dois  responderam que sim, porque certamente pensaram se tratar de um cálice material.

  No entanto, Jesus se referia ao cálice das provações e  sofrimentos que ele haveria de passar.

Infelizmente, até hoje, muita gente leva ao pé da letra o que Jesus falava por metáforas, ou seja, por comparação. Essa falta de entendimento das palavras de Jesus, muitas vezes, acaba por desvirtuar o verdadeiro sentido de seus ensinamentos.

  Jesus evitou discutir com a mulher sobre o pedido que ela havia feito, e apenas explicou que só a Deus competia tal resolução.

De que Jesus estava falando?  Estava falando da lei de Deus, porque é assim que a lei funciona.

Como dissemos, segundo a lei, só ganha um lugar especial diante de Deus aquele que faz a sua vontade; quer dizer, aquele que procura amar o próximo como a si mesmo.

A mãe dos jovens, ao ouvir a resposta de Jesus, deve ter saído decepcionada, mas também pode ter acontecido que ela tenha entendido que seus filhos deveriam permanecer mais tempo com Jesus.

Que mãe não quer o melhor para seus filhos? Mesmo que tenha filhos trabalhosos – e, principalmente, nesses casos – as mães são um presente que Deus deu aos filhos para que por ela se sintam amados.

 

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