Os assustadores e crescentes índices e tipos de violência observados na sociedade humana nos dias que correm, disseminam a descrença em uma Justiça que cobre o agressor dos prejuízos causados nos agrupamentos humanos. De forma objetiva, apenas o Espiritismo parece ter argumentos consistentes para infundir esperança aos atingidos de forma direta ou radical. Buscamos alguns elementos para reflexão nas ponderações e revelações oferecidas por Allan Kardec. Vamos a eles: Como entender tanta dor no mundo? “A responsabilidade das faltas individuais ou coletivas, as da vida privada e da vida pública, dá a razão de certos fatos ainda pouco compreendidos, e mostra, de maneira mais precisa, a solidariedade que liga os seres uns aos outros, e as gerações entre si”. Os Espíritos reencarnam onde querem? - Frequentemente, renascem na mesma família, ou pelo menos os membros de uma mesma família renascem juntos para nela constituírem uma nova, numa outra posição social, a fim de estreitarem laços de afeição, ou repararem erros recíprocos. Pelas considerações de uma ordem mais geral, frequentemente, se renasce no mesmo meio, na mesma nação, na mesma raça, seja por simpatia, seja para continuar, com os elementos já elaborados, os estudos feitos, se aperfeiçoar, prosseguir trabalhos começados, que a brevidade da vida, ou as circunstancias, não permitiram terminar. Essa reencarnação no mesmo meio é a causa do caráter distintivo entre povos e raças; tudo melhorando,(...) até que o progresso os haja transformado completamente”. O que leva as criaturas humanas a tantas infrações às Leis de Deus? - “Não se pode duvidar de que haja famílias, cidades, nações, raças culpadas, porque, dominadas pelos instintos do orgulho, do egoísmo, da ambição, da cupidez, caminham em má senda e fazem coletivamente o que um indivíduo faz isoladamente; uma família se enriquece às expensas de outra família; um povo subjuga outro povo, e leva-lhe a desolação e a ruína; uma raça que aniquilar outra raça. Eis porque há famílias, povos e raças sobre os quais cai a pena de talião”. A criatura humana consegue fugir de si mesma? “Quem matou pela espada perecerá pela espada”, disse o Cristo. Estas palavras podem ser traduzidas assim: Aquele que derramou sangue verá seu sangue derramado; aquele que passeou a tocha do incêndio em casa de outrem, verá a tocha do incêndio passear em sua casa; aquele que despojou, seja despojado; aquele que subjugou e maltratou o fraco, será fraco, subjugado e maltratado, por sua vez, quer seja um indivíduo, um nação ou uma raça, porque os membros de uma individualidade coletiva são associados do Bem como do mal que se faz em comum”. Como entendermos o que é Humanidade? “A Humanidade se compõem de personalidades que constituem as existências individuais, e de gerações que constituem as existências coletivas. Ambas caminham para o progresso, por fases variadas de provas que são, assim, individuais para as pessoas e coletivas para as gerações. Do mesmo modo que, para o encarnado, cada existência é um passo à frente, cada geração marca uma etapa de progresso para o conjunto; é esse progresso do conjunto que é irresistível, e arrasta as massas ao mesmo tempo que modifica e transforma em instrumento de regeneração os erros e preconceitos de um passado chamado a desaparecer. Ora, como as gerações são compostas de indivíduos que já viveram nas gerações precedentes, o progresso das gerações é, assim, a resultante do progresso dos indivíduos. Como aceitar como verdadeiras as afirmações sobre as relações Causa/Efeito? Mas quem demonstrará, dir-se-á talvez, a ligação que existe entre a geração atual e as gerações que a precederam, ou que a seguirão? Como se poderia me provar que já vivi na Idade Média, por exemplo, e que retornarei a tomar parte nos acontecimentos que se cumprirão na continuidade dos tempos(...) A experiência e a observação dos fatos da vida diária fornecem provas físicas e de uma demonstração quase matemática. Sendo difícil obter-se provas mais concretas, como admitir os exemplos? É absolutamente necessário ver uma coisa para nela crer? Vendo os efeitos, não se pode ter a certeza material da causa? Fora da experimentação, o único caminho legítimo que se abre, a essa procura, consiste em remontar do efeito à causa. A justiça nos oferece um exemplo muito notável desse princípio, quando se aplica em descobrir os indícios dos meios que serviram para a consumação de um crime, as intenções que contribuem para a culpabilidade do malfeitor.
Nada disso. O processo evolutivo
não deve ser visto com tanta simplicidade assim, Maria . Dizemos que nós
descendemos das bactérias, porque as bactérias foram a primeira forma de vida
que existiu na Terra, há cerca de 3,5 bilhões de anos, segundo os estudos mais
recentes da Biologia. Evidentemente, a vida começou de uma forma bem simples,
já que essas bactérias são seres formados de uma só célula e extremamente
pequenos, invisíveis para nós.
No livro EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS,
André Luiz mostra que o surgimento da raça humana é bem recente na Terra.Foram
necessários mais de 3 bilhões de anos para que a vida – partindo da bactéria –
fosse assumindo uma complexidade cada vez maior, passando pelos peixes, pelos répteis,
pelos mamíferos, até chegar à forma humana, há cerca de 6 milhões de anos. No
entanto, o homem primitivo mais próximo de nós, só apareceu há cerca de 150 mil
anos sobre o planeta.
As bactérias e todas as espécies
que vieram se formando, nesse longo caminho da evolução biológica, são
responsáveis pela vida que existe na Terra. Elas, na verdade, não
desapareceram, ainda existem, mas contribuíram para o surgimento do homem, que
viria desenvolver o sentimento e a razão, para assumir o controle do planeta.
Até hoje, nós, seres humanos, dependemos das bactérias para viver, pois as
temos aos milhões em nosso corpo, ajudando-nos nos diversos processos
responsáveis pelo funcionamento do organismo e manutenção da vida.
Ao contrário do que muita gente
pensa, nada existe de inútil na natureza. Aos poucos, a ciência está
descobrindo que a vida é uma longa construção, que partiu dos seres mais
simples para os mais complexos (como o homem), e continua contribuindo para o
longo processo de evolução. A história bíblica da criação do homem é apenas uma
alegoria (como grande parte dos teólogos hoje reconhece), que precisam
interpretar, uma vez que na natureza nada surge pronto e acabado, levando-nos a
concluir que as leis divinas são muito complexas para o nosso entendimento e,
por isso mesmo, Deus é muito mais do que podemos imaginar.
Quanto a esse processo evolutivo,
Maria, devemos dizer-lhe que nele não há retrocesso. Isto é, o caminho do
progresso só conhece avanço, jamais recuo. Desse modo, um Espírito humano só
pode voltar a reencarnar como humano, jamais como animal, embora em algumas
doutrinas do oriente ainda existe essa crença.
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