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quarta-feira, 30 de julho de 2025

LIMBO? A PRESENÇA DE DEUS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

Os Espíritos que desencarnam na primeira infância com o ESPIRITISMO são amparados desde os instantes que antecedem o final de suas encarnações, independente da forma como se ausentarão desta Dimensão Existencial. Sabemos pelo capítulo 28 do EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITSMO no preambulo da Prece pelo Anjo Guardião, que - além dele -, todos temos um elenco de Entidades nos acompanhando desde o lado dito invisível da Vida constituído pelo Espíritos Familiares em boas condições no Mundo Espiritual, Espírito Protetor, embora devam ser considerados os Espíritos Sedutores que vem do Passado, buscando a vingança pelos prejuízos que lhes causamos, que localizando-nos em nova roupagem física, família, cidade, época espreitam-nos procurando estimular nossas imperfeiçoes morais “anestesiadas” pelo esquecimento natural no início do processo reencarnatório. Quando Chico Xavier contava pouco mais de 3 anos, um Reverendo Anglicano chamado George Vale Owen abalado com a perda de uma filha pequena, incentivado pela esposa começou a receber pelo processo de escrita automática em Liverpool, durante um mês, cartas de sua mãe desencarnada posteriormente preservadas no interessante livro A VIDA ALÉM DO VÉU. A determinado trecho relata ela um curioso episódio na carta da Sexta, 3 de outubro de 1913: -“Uma vez fomos enviados para uma grande cidade onde deveríamos encontrar outros socorristas num hospital, a  fim de  receber o  Espírito  de uma mulher que estava  chegando. Estiveram observando­-a durante sua doença, e deviam ajudá­-la a sair e ter conosco. Encontramos muitos amigos em torno de sua cama na enfermaria, e eles estavam com rostos que expressavam desgosto, como se algum desastre estivesse por acontecer à sua amiga doente. A levamos daquele lugar, e, depois dela ter adquirido forças, foi levada a UMA ESCOLA INFANTIL onde seu filhinho estava e, quando ela  o  viu, sua  alegria foi grande  demais para ser colocada em palavras. Ele havia passado para cá alguns anos antes, e foi posto nesta ESCOLA onde vivia desde então. Então, a criança passou a ser o guia ou instrutor de sua mãe, cena digna de ser vista. Ele a levou pela ESCOLA e pelos campos, e mostrou­-lhe os diferentes lugares e seus colegas de escola, e, todo o tempo, sua face brilhava de alegria, assim como a da mãe. A deixamos por um pouco, e então, quando retornamos, encontramos aqueles dois sentados num bosque, e ela  estava  contando a  ele sobre os que havia deixado para  trás, e ele estava dizendo a ela sobre os que vieram para cá antes, e a quem ele encontrara, e de sua vida na escola, e fizemos muito para tirá­-la de lá, prometendo­-lhe que retornaria  logo e sempre, para rever seu menino.  Este é um dos melhores casos, e há muitos  outros  iguais, mas outros são  bem diferentes. Enquanto esperávamos pela mãezinha que conversava com seu filho, passeamos pelo local e vimos as várias formas de se ensinar a crianças. Uma, em especial, chamou minha atenção. Era um enorme globo de vidro, de uns 2 metros de diametro, mais ou menos. Ficava no cruzamento de dois caminhos, e os refletia. Mas, à medida que você olhava dentro dele, podia ver não somente as flores, árvores e plantas que ali cresciam, mas também as diferentes ordens das quais derivaram em tempos passados. Era MUITO MAIS UMA AULA DE BOTÂNICA AVANÇADA, como as que devem ser dadas na Terra e deduzidas das plantas fossilizadas da geologia. Víamos as mesmas plantas vivas e crescendo, e todas as espécies vindas delas, do mesmo  ramo  original  até o  atual  representante da  mesma família. Aprendemos que a tarefa colocada para as crianças era: considerar este avanço progressivo nesta planta ou árvore ou flor, crescendo  de  forma  real  naquele jardim e refletida naquele Globo, e então tentar construir em suas mentes a evolução para adiante das mesmas espécies. Este é um excelente treino para suas faculdades mentais, mas os resultados são frequentemente divertidos. É o mesmo estudo em que os mais adiantados se empenham em outros departamentos daqui, mas foi proposto por eles uma  finalidade  prática. Um deles pensou que seria um método  útil  ajudar as crianças a  usarem suas próprias  mentes, e assim construiu a bola  para  este uso  especial. Quando acabam de raciocinar sobre as próprias conclusões, devem fazer um modelo da planta da forma em que ela  aparecerá  depois de  outro  período  evolutivo,  e alguns destes modelos são  temerários e espantosos, e tão impossíveis quanto estranhos.

  Por que as pessoas boas sofrem mais que as pessoas fazem o mal ao semelhante? Não deveria ser o contrário? Vale a pena ser bom nesta vida? ( J.H.S.)

Não é bem assim. Então, nós perguntamos: será que realmente os bons sofrem mais que os maus? Com certeza, você deve estar olhando as aparências e concluindo pelo que você realmente vê e sente. Mas nos parece que não é tão simples assim, em se tratando de experiências humana. Mesmo aqui, na Terra, onde em geral nos iludimos com as vantagens imediatas, é possível que o quadro seja outro, pelo menos do ponto de vista dos bons.

Na verdade, deveríamos partir do conceito de sofrimento. O que é sofrimento? Até nisso somos diferentes. Se considerarmos que sofrimento é desconforto, dor, frustração, prejuízo, assim mesmo podemos vê-lo das mais variadas formas, conforme as pessoas.  Há pessoas que sofrem muito por pouca coisa e outros, que passando por situações complicadas, não se desgastam tanto e sofrem menos. O sofrimento depende muito do estado espiritual de cada um.

Evidentemente, quando vemos uma pessoa em desespero, diante de uma situação desconfortável, concluímos que ela está sofrendo muito naquele momento. Mas nem todos reagem dessa forma: há os que estão mais preparados para situações difíceis, os que confiam mais em Deus e em si mesmos, os que vêem os problemas com mais segurança e serenidade. Desse ponto de vista, é difícil avaliar o quanto vai de sofrimento e desconforto em cada um.

Os maus – ou sejam, aqueles que não se importam com a dor do próximo – em geral, são pessoas mentalmente doentes, que sofrem – não tanto pelo mal que fazem, mas pela sua própria condição de inconformação e revolta. Entretanto, o que podemos considerar, diante de seu questionamento, é a condição moral da consciência de cada um. Como bom convive com sua consciência? E o mal? Como ele se encara a si próprio?

O Espiritismo mostra que todos somos filhos de Deus, bons e maus, e que, portanto, todos estamos destinados ao bem. O bem – que é Deus – é nossa origem; e o bem – que é Deus - é o nosso destino. Desse modo, todos caminhamos em direção ao bem, a nossa realização suprema. Fazendo uma rude comparação, é como você se propusesse a construir uma casa: a casa é o bem que você almeja.  Teria de trabalhar muito, passar por muitas dificuldades, fazer sacrifícios, passar por contrariedades. Mas, como a meta é boa,  vale a pena sacrificar-se por ela, pois, você sabe que vai alcançá-la.

Só esse fato é suficiente para sofrer com resignação e coragem; e, por isso, quem sofre por uma causa sublime, certamente, sofre menos. A situação não é a mesma para aquele que pratica a maldade contra o próximo – aquele que agride, que mata, que rouba, que causa prejuízo ao semelhante – pois esses atos – embora, para ele, pareçam trazer-lhe uma vantagem imediata – não o levarão à felicidade, não o levarão a Deus. Por isso, ele é infeliz.

Logo, a conclusão que tiramos dessa situação, caro ouvinte, é clara. Não vale a pena fazer o mal, nem mesmo ao pior inimigo. Existe uma lei maior que nos governa a todos e diante da qual todos, indistintamente, teremos de responder. Quando nos esforçamos para viver em função do bem, somos mais felizes, sentimo-nos bem com a própria consciência, podemos dormir mais tranqüilos e, acima de tudo, sentir Deus conosco.

terça-feira, 29 de julho de 2025

A LÓGICA DA DOUTRINA ESPÍRITA, EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Os assustadores e crescentes índices e tipos de violência observados na sociedade humana nos dias que correm, disseminam a descrença em uma Justiça que cobre o agressor dos prejuízos causados nos agrupamentos humanos. De forma objetiva, apenas o Espiritismo parece ter argumentos consistentes para infundir esperança aos atingidos de forma direta ou radical. Buscamos alguns elementos para reflexão nas ponderações e revelações oferecidas por Allan Kardec. Vamos a eles: Como entender tanta dor no mundo? “A responsabilidade das faltas individuais ou coletivas, as da vida privada e da vida pública, dá a razão de certos fatos ainda pouco compreendidos, e mostra, de maneira mais precisa, a solidariedade que liga os seres uns aos outros, e as gerações entre si”. Os Espíritos reencarnam onde querem? - Frequentemente, renascem na mesma família, ou pelo menos os membros de uma mesma família renascem juntos para nela constituírem uma nova, numa outra posição social, a fim de estreitarem laços de afeição, ou repararem erros recíprocos. Pelas considerações de uma ordem mais geral, frequentemente, se renasce no mesmo meio, na mesma nação, na mesma raça, seja por simpatia, seja para continuar, com os elementos já elaborados, os estudos feitos, se aperfeiçoar, prosseguir trabalhos começados, que a brevidade da vida, ou as circunstancias, não permitiram terminar. Essa reencarnação no mesmo meio é a causa do caráter distintivo entre povos e raças; tudo melhorando,(...) até que o progresso os haja transformado completamente”. O que leva as criaturas humanas a tantas infrações às Leis de Deus? - “Não se pode duvidar de que haja famílias, cidades, nações, raças culpadas, porque, dominadas pelos instintos do orgulho, do egoísmo, da ambição, da cupidez, caminham em má senda e fazem coletivamente o que um indivíduo faz isoladamente; uma família se enriquece às expensas de outra família; um povo subjuga outro povo, e leva-lhe a desolação e a ruína; uma raça que aniquilar outra raça. Eis porque há famílias, povos e raças sobre os quais cai a pena de talião”. A criatura humana consegue fugir de si mesma? “Quem matou pela espada perecerá pela espada”, disse o Cristo. Estas palavras podem ser traduzidas assim: Aquele que derramou sangue verá seu sangue derramado; aquele que passeou a tocha do incêndio em casa de outrem, verá a tocha do incêndio passear em sua casa; aquele que despojou, seja despojado; aquele que subjugou e maltratou o fraco, será fraco, subjugado e maltratado, por sua vez, quer seja um indivíduo, um nação ou uma raça, porque os membros de uma individualidade coletiva são associados do Bem como do mal que se faz em comum”. Como entendermos o que é Humanidade? A Humanidade se compõem de personalidades que constituem as existências individuais, e de gerações que constituem as existências coletivas. Ambas caminham para o progresso, por fases variadas de provas que são, assim, individuais para as pessoas e coletivas para as gerações. Do mesmo modo que, para o encarnado, cada existência é um passo à frente, cada geração marca uma etapa de progresso para o conjunto; é esse progresso do conjunto que é irresistível, e arrasta as massas ao mesmo tempo que modifica e transforma em instrumento de regeneração os erros e preconceitos de um passado chamado a desaparecer. Ora, como as gerações são compostas de indivíduos que já viveram nas gerações precedentes, o progresso das gerações é, assim, a resultante do progresso dos indivíduos. Como aceitar como verdadeiras as afirmações sobre as relações Causa/Efeito? Mas quem demonstrará, dir-se-á talvez, a ligação que existe entre a geração atual e as gerações que a precederam, ou que a seguirão? Como se poderia me provar que já vivi na Idade Média, por exemplo, e que retornarei a tomar parte nos acontecimentos que se cumprirão na continuidade dos tempos(...) A experiência e a observação dos fatos da vida diária fornecem provas físicas e de uma demonstração quase matemática. Sendo difícil obter-se provas mais concretas, como admitir os exemplos?  É absolutamente necessário ver uma coisa para nela crer? Vendo os efeitos, não se pode ter a certeza material da causa? Fora da experimentação, o único caminho legítimo que se abre, a essa procura, consiste em remontar do efeito à causa. A justiça nos oferece um exemplo muito notável desse princípio, quando se aplica em descobrir os indícios dos meios que serviram para a consumação de um crime, as intenções que contribuem para a culpabilidade do malfeitor.

 Não posso compreender como que nós, seres humanos, pudemos descender das bactérias. Essa história de evolução não me entra na cabeça. Quer dizer que eu posso ter sido um cachorro e que um cachorro, no futuro, será um ser humano? (Maria)

 

  Nada disso.  O processo evolutivo não deve ser visto com tanta simplicidade assim, Maria . Dizemos que nós descendemos das bactérias, porque as bactérias foram a primeira forma de vida que existiu na Terra, há cerca de 3,5 bilhões de anos, segundo os estudos mais recentes da Biologia. Evidentemente, a vida começou de uma forma bem simples, já que essas bactérias são seres formados de uma só célula e extremamente pequenos, invisíveis para nós.

 

No livro EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS, André Luiz mostra que o surgimento da raça humana é bem recente na Terra.Foram necessários mais de 3 bilhões de anos para que a vida – partindo da bactéria – fosse assumindo uma complexidade cada vez maior, passando pelos peixes, pelos répteis, pelos mamíferos, até chegar à forma humana, há cerca de 6 milhões de anos. No entanto, o homem primitivo mais próximo de nós, só apareceu há cerca de 150 mil anos sobre o planeta.

 

As bactérias e todas as espécies que vieram se formando, nesse longo caminho da evolução biológica, são responsáveis pela vida que existe na Terra. Elas, na verdade, não desapareceram, ainda existem, mas contribuíram para o surgimento do homem, que viria desenvolver o sentimento e a razão, para assumir o controle do planeta. Até hoje, nós, seres humanos, dependemos das bactérias para viver, pois as temos aos milhões em nosso corpo, ajudando-nos nos diversos processos responsáveis pelo funcionamento do organismo e manutenção da vida.

 

Ao contrário do que muita gente pensa, nada existe de inútil na natureza. Aos poucos, a ciência está descobrindo que a vida é uma longa construção, que partiu dos seres mais simples para os mais complexos (como o homem), e continua contribuindo para o longo processo de evolução. A história bíblica da criação do homem é apenas uma alegoria (como grande parte dos teólogos hoje reconhece), que precisam interpretar, uma vez que na natureza nada surge pronto e acabado, levando-nos a concluir que as leis divinas são muito complexas para o nosso entendimento e, por isso mesmo, Deus é muito mais do que podemos imaginar.

 

Quanto a esse processo evolutivo, Maria, devemos dizer-lhe que nele não há retrocesso. Isto é, o caminho do progresso só conhece avanço, jamais recuo. Desse modo, um Espírito humano só pode voltar a reencarnar como humano, jamais como animal, embora em algumas doutrinas do oriente ainda existe essa crença.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

segunda-feira, 28 de julho de 2025

MEDIUNIDADE E A VIDA ESPIRITUAL; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 A questão da desencarnação constitui-se ainda na atualidade num mistério para quase a totalidade das criaturas em nosso Plano Existencial apesar das informações ofertadas há mais de um século e meio com a chegada da Terceira Revelação de Deus aos homens através do Espiritismo. Paralelamente desde os anos 70, profissionais da saúde começaram a observar com mais atenção os relatos dos que passaram pela experiência do que se convencionou chamar EQM – Experiências de Quase Morte tratados em obras VIDA ALÉM DA VIDA dos médicos Raymond Moody Junior e Elizabeth Kubler-Roos, que, por sinal, inspirou a pratica dos denominados Cuidados Paliativos. Em comentário preservado em livro pouco antes dele mesmo desencarnar, o médium Chico Xavier que conviveu ostensivamente com os “mortos” de variada espécie, afirmou que “oitenta por cento das criaturas que desencarnam, voltam-se para a retaguarda sem condições de ascenderem aos planos elevados. Apenas vinte por cento gravitam para os Planos mais altos. A maioria delas, portanto, fica vinculada aos familiares e amigos. Egressas do Plano Físico, sentem-se numa viagem sem mapa, sem direção ou bussula... E todas as vezes que os familiares se dirigem aos templos da Terra, elas os acompanham”. Na extensa produção mediúnica de Chico Xavier inúmeros comentários permitem formular-se uma ideia de ações existentes no reingresso do Espírito no Plano Espiritual após o episódio da morte física ou desencarnação. Destacamos a seguir instigantes comentários expressos por pessoas que pela mediunidade revelam surpreendentes situações desconhecidas pela maioria das pessoas. Vamos a elas: 1- ACIDENTES DE CARRO 1.1- Marcia Regina; acidente de carro: -. (...). Diante de meu assombro as duas me conduziram em carro simples para um parque hospitalar, onde adquiri forças para efetuar as perguntas para mim necessárias e inevitáveis. Vim, a saber, que o nosso Horário e o amigo Antônio José se encontravam internados em casa de absoluto descanso mental, já que se recusavam a aceitar a realidade da própria desencarnação, à maneira de alienados e, somente mais tarde, consegui os primeiro contatos com ambos, tentando reamonizar-lhes os pensamentos.  1.2 - Laura Maria Machado Pinto; 33 anos :  -Tivemos instantes de lucidez, fora da vestimenta corpórea, no entanto, a Providência Divina jamais nos abandona. Lá mesmo, ante a visão do campo aberto, uma equipe de enfermeiros nos aguardava. Aquilo nos fez pensar em preparação. Agarradas comigo, as nossas queridas filhas Patrícia e Beatriz me tomavam a alma toda. Gritos e lamentações surgiam, próximos de nós, no entanto, as ambulâncias que não conhecíamos nos recolhiam com pressa. 1.3 - Wellington Ramon Monteiro Rodrigues -“Um sono profundo, traçado de sonhos em que tudo me vinha à memória, desde os meus primeiros dias de criança, empolgou-me totalmente. Não tive outra saída, senão cair num torpor esquisito, no qual, se falei alguma coisa, foi claramente sem pensar. Meu avô Oswaldo surgiu à minha frente, com dois amigos que se identificaram na condição de amigos dele, de nome Cristone e José Fernandes Grillo, que me convidaram para acompanhá-los. E surpreendi-me, porque entrelaçando o meu braço com o de meu avô, senti-me leve de inesperado, buscando junto deles o refúgio onde me vejo ainda em tratamento. Estou melhor, mas nada sei do Oldack. Posso, porém, dizer-lhes que o nosso corpo aqui não está isento dos resultados difíceis que remanescem dos acidentes. Não temos um corpo de impressões, e, sim, um veículo de manifestação com fisiologia maravilhosamente organizada. E a qualquer estrago obtido no mundo, nos casos de impacto, somos obrigados a tratamentos laboriosos, como acontece em qualquer hospital de Ourinhos. É um mundo novo, com faculdades novas a servir-nos".

Passei por diversas igrejas e nunca vi os evangélicos render culto à mãe de Jesus, como acontece na Igreja Católica, que reza Ave-Maria. Também não notei isso entre os espíritas. Nunca ouvir rezar Ave-Maria no Centro. O que os espíritas pensam sobre esse culto à Maria? (Ouvinte anônimo)

 

Na verdade, cada igreja, cada agrupamento religioso, tem a sua própria forma de crer, orar e adorar a Deus. Respeitamos todos eles, porque – como bem disse Kardec – o que realmente vale, o que tem peso e faz diferença em tudo isso, é a fé que a pessoa cultiva, é o que realmente ela crê. Para o Espiritismo, mais do que a forma, é a qualidade do pensamento de quem ora – ou seja, o sentimento que a pessoa coloca na sua prece.

 

  Os próprios mentores espirituais costumam dizer que a verdadeira adoração se resume na qualidade do pensamento de quem ora. Se ele o faz desta ou daquela maneira, se ele se dirige a esta ou àquela entidade espiritual, isso tudo é secundário. Quando a pessoa se põe a orar, e ela o faz com sinceridade e amor no coração, os bons Espíritos – ou seja, os mensageiros de Deus – procuram ajudá-la.

 

  No Espiritismo, segundo a orientação da doutrina, devemos fazer o máximo para evitar fórmulas, justamente porque entendemos que o principal é o sentimento. Muitas vezes, a pessoa fica tão preocupada com a fórmula decorada, que acaba prejudicando o verdadeiro sentido da oração. Por isso, a doutrina recomenda que, ao fazer uma oração, você o faça, de preferência, com suas próprias palavras. Por quê? Porque é mais fácil você se concentrar, quando você mesmo está criando a sua própria prece, do que se concentrar quando a prece foi apenas decorada, memorizada.

 

  O nosso pensamento é muito fugaz. Quando já temos o domínio de uma situação (como quando estamos recitando uma prece decorada), o pensamento se desvia facilmente para outra coisa, para outro objetivo ( é a lei do menor esforço) e, nesse momento, cai o nosso nível de concentração na prece que estávamos fazendo. Quer dizer: o pensamento recua ou desaparece, e a prece perde seu efeito.

 

Precisamos entender que uma prece é uma prece. Não é a sua duração que vale, nem o número de palavras que empregamos, mas a qualidade de pensamento que nela empregamos. Uma prece de um minuto, assim, pode ter mais eficácia do que uma de cinco. Lembre-se: Jesus quem disse que não é pela quantidade de palavras que seremos ouvidos. O que ele quis dizer com isso?

 

Quanto à Maria, mãe de Jesus, trata-se, segundo sabemos, de um Espírito das Altas Esferas Espirituais. Nada impede que possamos recorrer a ela em nossas preces. Contudo, não utilizamos a Ave-Maria, que é uma oração que faz parte da liturgia católica e contém conceitos que não se enquadram no pensamento espírita. Usamos, no entanto, o Pai Nosso, que é uma prece universal, serve para todas as religiões, mas que não deve ser apenas recitada. No entanto, caro ouvinte, até o Pai Nosso, ou outra qualquer, quando proferida, deve ser feito com entrega total ao sentimento que a oração nos sugere.

domingo, 27 de julho de 2025

O ESPIRITISMO E O SEXO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

Polemicas e discussões acaloradas em torno da cura das chamadas inversões na área da sexualidade circunscrevem-se mais aos efeitos que as prováveis causas. O Espiritismo já na sua origem oferece bases para pelo menos reflexões mais objetivas sobre a questão. Na sequencia alguns pontos para embasar estudos mais aprofundados em torno da questão:1- Os Espíritos encarnam nos diferentes sexos; aquele que foi homem, poderá renascer mulher e aquele que foi mulher poderá renascer homem, a fim de realizar os deveres de cada uma dessas posições, e sofrer-lhes as provas. 2- Sofrendo o Espírito encarnado a influência do organismo, seu caráter se modifica conforme as circunstâncias e se dobra às necessidades e exigências impostas pelo mesmo organismo. Esta influência não se apaga imediatamente após a destruição do invólucro material, assim como não perde instantaneamente os gostos e hábitos terrenos. 3- Percorrendo uma série de existências no mesmo sexo, conserva durante muito tempo, no estado de Espirito, o caráter de homem ou de mulher, cuja marca nele ficou impressa. 4- Se esta influência se repercute da vida corporal para a espiritual, o mesmo se dá quando o Espírito passa da vida espiritual para a corporal. Numa nova encarnação trará o caráter e as inclinações que tinha como Espírito. Se for avançado, será um homem avançado; se for atrasado, será um homem atrasado. Mudando de sexo, poderá então, sob essa impressão e em sua encarnação, conservar os gostos, inclinações e o caráter inerente ao sexo que acaba de deixar. Assim se explicam certas anomalias aparentes, notadas no caráter de certos homens e de certas mulheres. 5- Não existe diferença entre o homem e a mulher, senão no organismo material, que se aniquila com a morte do corpo. Mas, quanto ao Espírito, à alma, o Ser essencial, imperecível, ela não existe, porque não há duas espécies de almas. 6- A sede real do sexo não se acha, no veículo físico, mas sim na entidade espiritual em sua estrutura complexa. 7- O sexo é mental em seus impulsos e manifestações. 8- Além da trama de recursos somáticos, a alma guarda a sua individualidade sexual intrínseca, a definir-se na feminilidade ou masculinidade, conforme os característicos acentuadamente passivos ou claramente ativos que lhe sejam próprios. 9- A energia natural do sexo, inerente à própria vida em si, gera cargas magnéticas em todos os seres, pela função criadora de que se reveste, caracterizadas com potenciais nítidos de atração no sistema psíquico de cada um. 10- O instinto sexual não é apenas agente de reprodução, mas reconstituinte de forças espirituais, pelo qual as criaturas encarnadas ou desencarnadas se alimentam mutuamente, na permuta de raios psíquico-magnéticos necessários ao seu progresso. 11- O Espírito reencarna em regime de inversão sexual, como pode renascer em condições transitórias de mutilação ou cegueira. Isso não quer dizer que homossexuais ou intersexos estejam em posição, endereçados ao escândalo ou à viciação, como aleijados e cegos não se encontram na inibição ou na sombra para serem delinquentes. 12- O conceito de normalidade ou anormalidade são relativos. Se a cegueira fosse a condição da maioria dos Espíritos reencarnados na Terra, o homem que pudesse enxergar seria positivamente minoria e exceção. 13- Ações praticadas contra pessoas do sexo oposto na busca de prazer a qualquer preço, impõem além da morte a desorganização mental do causador manifestada através da alienação mental exigindo para seu reequilíbrio muitas vezes pela intervenção os Agentes da Lei Divina, reencarnações compulsórias  renascendo em corpo inversos às suas características momentâneas de masculinidades ou feminilidade, para que no corpo inverso, no extremo desconforto íntimo, aprenda a respeitar o semelhante lesado. 14- A inversão também ocorre por iniciativa daqueles que, valendo-se da renúncia construtiva para acelerar o passo no entendimento da vida e do progresso espiritual no intuito de operarem  com mais segurança e valor o acrisolamento moral de si mesmos ou na execução de tarefas especializadas, através de estágio perigosos de solidão, em favor do campo social da Terra 15- Masculinidade ou feminilidade totais são inexistentes na personalidade humana, do ponto de vista psicológico, visto que homens e mulheres, em Espírito, apresentam certa percentagem de característicos viris ou feminis em cada indivíduo, o que não assegura possibilidades de comportamento íntimo normal para todos, segundo a conceituação de normalidade que a maioria dos homens estabeleceu para o meio social. 16- Homens e mulheres podem nascer homossexuais ou intersexos, seja como expiação ou em obediência a tarefas específicas –, como são suscetíveis de tomar o veículo físico na condição de mutilados ou inibidos em certos campos de manifestação para melhorar-se e nunca sob a destinação do mal. 17- A Terra, pouco a pouco, renovará princípios e conceitos, diretriz e legislação, em matéria de sexo, sob a inspiração da ciência, que situará o problema das relações sexuais no lugar que lhe é próprio .




   Eu gostaria de saber como é amar o inimigo, quando esse inimigo é alguém que está disposto a te prejudicar e que apenas está esperando uma oportunidade para aplicar mais um golpe? Será que, ainda assim, é possível amá-lo?  (jovem universitária) Esse princípio do amor – até mesmo ao inimigo – foi o ponto máximo dos ensinamentos de Jesus que, sem dúvida, deve nos servir de inspiração, se quisermos melhorar a vida através do exercício permanente do amor. Entretanto, é preciso considerar que o amor tem variadas formas de manifestação, dependendo a quem devemos amar. Uma das recomendações de Jesus aos discípulos foi esta: “Sede mansos como uma pomba e prudentes como uma serpente”. Desse modo, devemos compreender que cada situação requer um tratamento próprio. Allan Kardec trata esta questão com muita propriedade no capítulo 12 d’O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, quando diz o seguinte: “Amar os inimigos não é, pois, ter para com eles uma afeição que não é natural, uma vez que o contato de um inimigo faz bater o coração de uma maneira inteiramente diversa que o de um amigo.” E continua Kardec, explicando como é amar os inimigos: “ Não é ter por eles ódio, ou rancor, ou desejo de vingança. Mas é perdoá-los sem segundas intenções e incondicionalmente pelo mal que nos fizeram. É não lhes opor obstáculo à reconciliação; é desejar-lhes o bem ao invés do mal; é estender-lhes as mãos prestativas em caso de necessidade; é abster-nos, por atos e palavras, de tudo que possa prejudicá-los. É, enfim, pagar-lhes em tudo o mal com o bem, sem intenção de humilhá-los”. Na verdade, como o próprio Kardec afirma, em linguagem figurada, não devemos oferecer o pescoço ao assassino, facilitando o golpe com que ele deseja nos atingir  – ou seja, não precisamos nos expor, quando sabemos que o inimigo tem intenção de nos prejudicar. Até porque cada um de nós tem, em primeiro lugar, um compromisso consigo mesmo, com sua própria integridade física e espiritual. Contudo, o que mais caracteriza o amor, em relação ao adversário, é a ausência de ódio e, conseqüentemente, qualquer idéia de vingança, e – até mais que isso – o fato de não lhe desejar o mal. Portanto, cara jovem, nenhum de nós, por mais que deseje, pode tratar um inimigo da mesma forma que trata um amigo, com as mesmas expansões de amabilidade e carinho, mas todos podemos ter atitude de respeito, sabendo, quando necessário, manter a devida distância daqueles que estão dispostos a nos prejudicar, orando por eles e desejando que se arrependam dos erros cometidos e se modifiquem, até porque sabemos que ninguém pode ser feliz odiando. Seguramente, não podemos mudar os outros, mas podemos mudar a nós mesmos. Certa vez afirmamos a um religioso que, no fundo, devemos amar até mesmo o demônio e ele reagiu com espanto, ao que em seguida questionamos: “Mas o demônio não é nosso inimigo a quem devemos amar, como Jesus recomendou”?