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sexta-feira, 26 de maio de 2017

2057, UMA DATA PARA SE GUARDAR

Embora ignorado pela maior parte da Humanidade que habita o Planeta, o ano de 1957 assinalou o primeiro centenário do surgimento d’O LIVRO DOS ESPÍRITOS. Seguindo o programa traçado pela Espiritualidade que o organizou com a colaboração do educador francês Allan Kardec muitos dos que renasceram em terras brasileiras para viabilizar o prometido por Jesus no Evangelho de João sobre o Consolador prometido celebraram a data com grande entusiasmo. Um deles, o discreto e erudito advogado Silvino Canuto de Abreu, com recursos próprios produziu uma edição especial e limitada da primeira edição da referida obra lançada em 18 de abril de 1857, com uma característica original: era um fac-símile francês-português. Parte dos exemplares, foram levados por amigo comum à Chico Xavier, à época dedicado servidor da Fazenda Modelo, unidade experimental ligada ao Ministério da Agricultura na cidade de Pedro Leopoldo, Minas Gerais. Como o médium não se encontrava por estar viajando atendendo a compromissos profissionais, assim que retornou, tratou de escrever uma carta agradecendo o remetente, seu amigo José Gonçalves Pereira. O raro documento, com a morte do destinatário, passou às mãos de devotada seguidora Lucia Bichir que fundou em São Paulo anos depois com alguns companheiros o Grupo Assistencial Espírita Maria Dolores e Casa de Lívia, instituições  dedicadas ao exercício da caridade sob a inspiração do Espiritismo. Recentemente, no site do Grupo, a portadora reproduziu a referida carta datada de 23 de abril de 1957. Nela, além de informações históricas interessantes, encontra-se um dado curioso. Da missiva, destacamos um trecho para reflexões. Escreveu Chico: “... recebi as encomendas que você me enviou pelo nosso Sylvio. (...) Fiquei encantado com os livros. A edição de “O Livro dos Espíritos” – 1857 – é um extraordinário documento para nossos estudos. N’esse livro primeiro com o montante do material que Allan Kardec publicou (excetuando-se, a meu ver, o livro Obras Póstumas, que não é publicação de Kardec e sim dos amigos do Codificador que lhe reuniram apontamentos pessoais) representa aos meus olhos o manancial e a fonte, formando a origem de nossa Redentora Doutrina. Manancial e fonte constituindo um todo, por que sem o manancial a fonte não existiria e sem a fonte o manancial estaria reduzido à condição de um poço estagnado. Allan Kardec terá assim agido à feição de um engenheiro divino, edificando justo caminho às águas vivas do Cristianismo renascente no Espiritismo, águas essas que hoje se espraiam em todas as direções, fertilizando os campos mentais do mundo. Nosso admirável Dr. Canuto prestou inolvidável serviço à Nossa Causa, trazendo a lume o texto de 1857. Podemos, assim, estudar os assuntos da Codificação e reexaminá-los, no limiar do nosso segundo século de trabalho, para o qual, com o auxílio de Jesus daremos nossas melhores forças, não é? Creia que já estou fazendo planos para nossas tarefas em 2057. Já podemos contar cem anos de graças sobre graças. E temos recebido tanto de nossa Doutrina Maternal que acredito deva ser crescente o nosso entusiasmo por vê-la cada vez mais nobre e mais engrandecida. Minha maior felicidade será se Jesus me conceder a ventura de reencarnar-me logo depois que me desenfaixar do corpo de que presentemente disponho para seguir de, algum modo, ainda mesmo reconhecendo a minha indigência de tudo, a marcha do Espiritismo que nos devolve Jesus em Sua Grandeza. Penso que em 2057, nossos alicerces já se mostrarão mais sólidos. A ciência terá acordado para deveres mais amplos e estará, com a ajuda de Deus dando mão forte à religião para as nossas conquistas definitivas do Espírito. A Terra terá sofrido mais um pouco, provavelmente, com as guerras e renovações que virão inevitáveis, e, por isso mesmo, revelar-se-á mais compreensiva e mais bela… .Os anos rolaram na esteira do tempo e em setembro de 1994, foi publicada a obra PLANTÃO DE RESPOSTAS (ceu, 1994) reunindo algumas questões que não foram ao ar na edição de dezembro de 1971 do programa de televisão PINGA FOGO. Dentre elas, uma tratando das condições do Planeta, onde perguntado sobre o que a Doutrina Espírita pode dizer a respeito do fim dos tempos, isto é, como ocorrerá a transformação do planeta em planeta de provas e expiações para o de regeneração, Chico Xavier respondeu: - “Através da busca da espiritualização, superação das dores e construção de uma nova sociedade, a humanidade caminha para a regeneração das consciências. Emmanuel afirma que a Terra será um mundo regenerado por volta de 2057. Cabe, a cada um, longa e árdua tarefa de ascensão. Trabalho e amor ao próximo com Jesus, este é o caminho”. Como se vê, mais de três décadas separam as duas afirmações. Sustentam, porém, a mesma data.

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