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segunda-feira, 1 de maio de 2017

IMPORTANTE CONTRIBUIÇÃO

Principal órgão e centro do sistema nervoso dos animais vertebrados e alguns invertebrados, o cérebro contem bilhões de neurônios ligados por mais de mil conexões sinápticas cada. A evolução das Ciências nos últimos dois séculos, demonstra que constitui-se na mais complexa estrutura biológica embora desconhecida em muitos aspectos. As revelações do Espiritismo, contudo, tem importante contribuição a dar como veremos no trecho do artigo reproduzido a seguir inserido por Allan Kardec no número de janeiro de 1866 da REVISTA ESPÍRITA. Escreveu ele:  - A alma ( ou Espírito) é o Ser inteligente; nela está a sede de todas as percepções e de todas as sensações; ela sente e pensa por si mesma; é individual, distinta, perfectível, preexistente e sobrevivente ao corpo. O corpo é o seu invólucro material: é o instrumento de suas relações com o mundo visível. Durante sua união com o corpo, ela percebe por meio dos sentidos, transmite seu pensamento com a ajuda do cérebro; separada do corpo, percebe diretamente e pensa mais livremente. Tendo os sentidos um alcance circunscrito, as percepções recebidas por seu intermédio são limitadas e, de certo modo, amortecidas; recebidas sem intermediário, são indefinidas e de uma sutileza surpreendente, porque ultrapassa, não a força humana, mas todos os produtos de nossos meios materiais. Pela mesma razão, o pensamento transmitido pelo cérebro se filtra, a bem dizer, através desse órgão. A grosseria e os defeitos do instrumento a paralisam e em parte a abafam, como certos corpos transparentes absorvem uma parte da luz que os atravessa. Obrigado a servir-se do cérebro, o Espírito  é como um músico muito bom, diante de um instrumento imperfeito. Livre desse incômodo auxiliar, desdobra todas as suas faculdades. Tal é o Espírito durante a vida e depois da morte. Para ele há, portanto, dois estados: o de encarnação ou de constrangimento, e o de desencarnação ou de liberdade; em outras palavras: o da vida corporal e o da vida espiritual. A vida espiritual é a vida normal, permanente da alma; a vida corporal é transitória e passageira. Durante a vida corporal, o Espírito  não sofre constantemente o constrangimento do corpo, e aí está a chave dos fenômenos físicos, que só nos parecem estranhos porque nos transportam para fora da esfera habitual de nossas observações. Qualificaram-nos de sobrenaturais, embora, na realidade, estejam submetidos a leis perfeitamente naturais, porque essas leis nos eram desconhecidas. Hoje, graças ao Espiritismo, que deu a conhecer essas leis, desapareceu o maravilhoso. Durante a vida exterior de relação, o corpo necessita de sua alma ou Espírito por guia, a fim de o dirigir no mundo; mas nos momentos de inatividade do corpo, a presença do Espírito  não é mais necessária; dele se desprende, sem, contudo, deixar de a ele se prender por um laço fluídico, que a ele o chama, tão logo se fizer necessária a sua presença. Nesses momentos recobra parcialmente a liberdade de agir e de pensar, da qual só desfrutará completamente depois da morte do corpo, quando deste estará completamente separada. Esta situação foi espiritualmente e muito veridicamente descrita pelo Espírito de uma pessoa viva, que se comparava a um balão cativo, e por um outro, o Espírito de um idiota vivo, que dizia ser como um pássaro, amarrado pela pata. Esse estado, que chamamos emancipação da alma, ocorre normalmente e periodicamente durante o sono. Só o corpo repousa para recuperar as perdas materiais; mas o Espírito, que nada perdeu, aproveita essa pequena trégua para se transportar para onde queira. Além disso, tal estado também ocorre toda vez que uma causa patológica, ou simplesmente fisiológica, produz a inatividade total ou parcial dos órgãos da sensação e da locomoção. É o que se passa na catalepsia, na letargia, no sonambulismo. O desprendimento ou, se se quiser, a liberdade da alma, é tanto maior quanto mais absoluta a inércia do corpo. É por essa razão que o fenômeno adquire seu maior desenvolvimento na catalepsia e na letargia. Nesse estado, a alma não percebe mais pelos sentidos materiais, mas, se assim nos podemos exprimir, pelo sentido psíquico; é por isso que suas percepções ultrapassam os limites ordinários; seu pensamento age sem a intercessão do cérebro, razão por que desdobra faculdades mais transcendentes que no estado normal.





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