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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

ESPECIAIS


Na noite de 20 de dezembro de 1985, Chico Xavier era o convidado especial do último programa apresentado na TV Bandeirantes, por Hebe Camargo. Ao lado de Nair Bello, realizaram elucidativa entrevista com o querido médium que, expondo vários pontos de vista, ofertou-nos ensinamentos de muita profundidade. Entre estes, um que tratava da criança especial outrora rotulada de excepcional. Referindo-se às mães de portadores de qualquer deficiência, Chico disse que “os filhos excepcionais são confiados tão somente às grandes mulheres, aquelas que tem capacidade de amar até o Infinito”. Esclareceu ainda “que a criança com restrições, sente e ouve, registra e sabe de que modo está sendo tratada, sendo profundamente lúcida na intimidade de si mesma”. Afinal é apenas o corpo ou veículo físico que carrega as inibições ou limitações que as impede de desenvolver uma comunicação mais natural com o meio em que vivem. Tais deficiências geralmente radicam-se nos desatinos cometidos em existência passada, quase sempre através do suicídio que, como o Espiritismo revela, impõem lesões e traumas registrados também no corpo espiritual – o períspirito -, exigindo um período de rearmonização em encarnação posterior ao delito cometido perante as Leis de Deus. Demonstrando isso, oito anos antes, Chico psicografou em Uberaba, na reunião pública do Grupo Espírita da Prece de 23 de setembro de 1977, belíssima carta de uma jovem desencarnada dois anos antes na cidade de Santa Isabel, localidade situada na Grande São Paulo. A moça vivera vinte e quatro anos, sendo irmã gêmea de um irmão, Homero. Ele normal, ela, portadora de paralisia cerebral que a impossibilitava de se locomover, se expressar verbalmente ou fazer uso das mãos, pela completa ausência de tato. De família católica, sua morte impôs profunda dor aos entes queridos, sentimento agravado um ano depois pela morte de uma irmã remanescente, Maria Helena, vitimada por acidente de trânsito na auto-estrada Mogi-Dutra, quando retornava das aulas da faculdade que frequentava na cidade de Mogi das Cruzes. Esse fato, levou os pais, por fim, à Uberaba(MG), onde Chico Xavier psicografou numa mesma noite cartas das duas filhas. Na verdade, duas surpresas: a primeira de Maria Célia, cujas limitações foram superadas pela captação dos sentimentos e pensamentos de Maria Célia; e, a segunda a psicografia da carta de Maria Helena. Embora possa causar estranheza para alguns o fato de alguém que não aprendeu a escrever na última existência se expressar com a clareza com que o fez Maria Célia, o entendimento do mecanismo do processo mediúnico como explicado pelo Espiritismo, pode esclarecer naturais duvidas. O outro detalhe, já citado, é que o bloqueio é derivado dos limites do corpo, pois, o Espírito se mantém lúcido, ouvindo e sentindo tudo que ocorre ao seu redor. Reportando-se às origens do mal físico que a identificou, revelou: “-Em meados do século, peregrinava no Plano Espiritual, com cinco irmãos junto dos quais era eu a irmã doente que eles suportavam. Lutas enormes do passado recente me haviam retirado os movimentos. Chorava com a minha inutilidade. Pedia em preces a Deus me suprimisses a condição inferior. Um dos irmãos, o mais forte de todos, quase me carregava, sozinho, tão grande o amor com que me desejava o reequilíbrio espiritual. Percorremos longas extensões do Espaço, alimentando esperanças e sonhos. Queríamos um pouso. Precisava encontrar um refugio em que me tratasse e os companheiros me auxiliavam. Benfeitores e amigos generosos nos visitavam na jornada em que as pausas periódicas para descanso se faziam precisas. Prometiam-nos apoio e doavam-nos recursos sempre renovados para que avançássemos algo mais”... A grupo mais próximo, o médium Chico Xavier dando mais detalhes da origem da desventura de Maria Célia e Maria Helena, revelou que durante a Segunda Guerra Mundial, ela e os atuais irmãos faziam parte de um grupo de resistência de um dos países submetidos aos nazistas, sendo ela especialista na produção de artefatos explosivos. Um dia, uma falha ocasionou a detonação que causou a morte de todos ao mesmo tempo, sendo ela a mais atingida. Prosseguindo sua narrativa Maria Célia conta que “houve um dia, em que chegamos a um local de grande encantamento e encontramos um tronco de luminosa beleza. Flores despontavam dele prometendo maravilhoso futuro. Sábio amigo da Vida Superior veio a nós e disse que vagueávamos nas imensidões da Vida Maior à maneira de pássaros fatigados e infelizes. E aconselhou-nos uma parada. Seria aquele tronco robusto, a morada de Deus para nós. Faríamos um ninho para viver e renovar-nos. Ficamos todos contentes. Entretanto, precisávamos de alguém que viesse a fim de amparar-nos na construção. Esse mesmo sábio veio depois com uma jovem tão generosa e tão linda que, mesmo sem ver-nos de todo, encontrou-nos em sono e decidiu socorrer-nos. Foi assim que esse iluminado coração de menina e moça começou a trabalhar, amparando-nos a todos. Primeiramente, recebeu a mim e ao irmão que me oferecia ombros fortes na caminhada para que nos detivéssemos, de modo a valorizar o tempo e a vida. Os outros igualmente foram acomodados por ela em ninhos formados com imenso amor”. Mais a frente, ela acrescenta: “-Os sacrifícios dela foram heroicos. Dedicou-se inteiramente ao ninho em que me achava. Sabendo que não me movia, era ela meus braços e minhas mãos. Porque eu nada pudesse falar, pela enfermidade que trazia, ela própria me contava lindas histórias, que eu ouvia em silêncio, dando a ela o sinal de que compreendia quanto me comunicava em seu amor. Nunca mais essa jovem me abandonou, saiu das festas, esqueceu as alegrias da juventude, nunca a vi irritar-se ou desanimar”. Maria Célia, em sua longa carta, prossegue resumindo o que foram aqueles 24 anos de dedicação da mãe, pai, irmãos em favor de sua recuperação espiritual. Uma linda carta integralmente reproduzida no livro FELIZ REGRESSO (ideal), confirmando que apenas o corpo ostentava limitações. O Espírito a ele ligado, mantinha-se lúcido, percebendo, como já dissemos, tudo que ocorria a seu redor.  VOCÊ JÁ ASSISTIU  DEPENDÊNCIAS QUÍMICAS ALÉM DA VIDA? Clique no link abaixo  documentários de curta duração e descubra muito sobre a interação entre os dois planos no consumo do TÓXICO

Um comentário:

  1. Boa noite Luiz, sempre que posso vou assistir as suas palestras as quintas, e nesta que não fui achei um artigo interessante que acho que tem alguma relação com a doutrina espírita.

    http://super.abril.com.br/blogs/como-pessoas-funcionam/como-desenvolver-a-autocompaixao-e-diminuir-o-stress/

    Resumindo ela diz que o melhor jeito de desenvolver a auto compaixão é ajudando outras pessoas. Psicologia e Espiritismo andando juntas.

    Abs
    Julio Dian

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