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sábado, 15 de setembro de 2012

O Que as Estatísticas Não Revelam


Estudo conduzido pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz através dos médiuns Chico Xavier e Waldo Vieira, no mês de julho de 1965, em Nova Iorque, reproduzido no livro ENTRE IRMÃOS DE OUTRAS TERRAS (feb) – organizado com mensagens psicografadas por ambos em meio ao roteiro cumprido por eles no Exterior naquele ano -, revelava que a média de desencarnações por suicídio em dez países, era tão grave e significativamente alta, quanto a  do câncer e da arteriosclerose. Quase meio século depois, a Organização Mundial de Saúde (OMS), demonstra que as mortes por suicídio superam atualmente as causadas por guerras e homicídios, são mais elevadas em países do leste da Europa, perfazendo no mundo, um milhão de pessoas por ano. Estima que a cada quarenta segundos uma pessoa morra por suicídio, ocorrendo anualmente, 20 milhões de tentativas, enquadrando o problema como de saúde publica, que vai se agravando continuamente. Diferentemente da maioria das escolas religiosas e filosóficas, O Espiritismo tem algo importante a dizer sobre o problema. Indagados sobre o desgosto pela vida que se apodera de alguns indivíduos sem motivos plausíveis, responderam: “–Efeito da ociosidade, da falta de fé e geralmente da saciedade. Para aqueles que exercem suas faculdades com um fim útil e segundo suas aptidões naturais, o trabalho nada tem de árido e a vida se escoa mais rapidamente”. Acrescentam que “o louco que se mata não sabe o que faz”. A sociedade materialista do final do século 20, em sua maioria alheia e desinteressada, acomodada e indiferente às questões espirituais – não necessariamente religiosas -, expõe-se a outro fator por ela ignorado: a influência perturbadora dos desencarnados oriundos de experiências fracassadas do passado ou invejosos, despeitados e frustrados, para os quais a felicidade do próximo é insuportável. Nesse caso, aqueles que são arrastados para tal prática, imaginando ou não terminar com tudo, experimentam o abandono dos que a influenciaram. Foi o que disse a jovem Renata Zaccaro Queiroz, que aos 18 anos atirou-se do oitavo andar do prédio em que residia com os pais, na região dos Jardins, em São Paulo, no dia 5 de setembro de 1979, reaparecendo viva em carta psicografada pelo médium Chico Xavier seis meses depois em reunião pública em Uberaba (MG). Explica à mãe presente naquela noite/madrugada: “- Ainda não sei que força me tomou naquela quarta-feira. Tive a ideia de que uma ventania me abraçava e me atirava fora pela janela. Certamente devia  mobilizar minha vontade e impedir que o absurdo daquele momento me enlouquecesse. Obedecia maquinalmente aquela voz que me ordenava projetar-me no vácuo. Quis recuar, mudar o sentido da situação, não consegui. Nunca imaginaria que tanto sofrimento se seguiria ao meu gesto. Não desejo fugir às responsabilidades e inventar desculpas que não tinham razão de ser. O que sei é que agi na condição de uma rã que uma serpente atraísse”. Noutros pontos de sua carta, Renata tranquiliza a mãe, dizendo: “- Não senti qualquer dor quando meu corpo registrou o impacto do encontro com o piso do prédio. Não me achava em condições de ver ou ouvir. Tudo em mim era um redemoinho qual se tivesse arrancada de casa, assim como a tempestade desloca para longe uma árvore forte com suas próprias raízes” e “estou melhorando, se bem que me veja na posição de alguém com necessidade de socorro ortopédico”. Essas duas observações da mensagem, confirmam revelação da Espiritualidade de que: 1- o suicídio por indução de processos obsessivos, contam com o pronto socorro daqueles que nos acompanham e assistem nos bastidores, interessados no nosso êxito na experiência reencarnatória, o que, é claro, não isenta o praticante das lesões e traumas consequentes da forma a que sucumbiu; 2- O corpo espiritual ou períspirito é tratável na outra Dimensão através de procedimentos – cirúrgicos, ortopédicos até hemodiálises -, muito parecidos com aqueles a que submetemos o corpo físico que utilizamos aqui. De qualquer forma, a mais difícil das constatações daquele que imagina acabar com os sofrimentos que o perturbavam no fluxo continuo da vida não é tanto a constatação de que não conseguiu seu intento, ou seja, deixar de existir. O mais traumatizante é experimentar de forma contínua as impressões ou sensações derivadas do gesto radical. Wladimir Cezar Ranieri que aos 25 anos aniquilou seu corpo com um tiro no peito, em carta aos pais constante do livro AMOR E SAUDADE (ideal), revive suas últimas horas em nosso Plano: “- Idéias lamentáveis pareciam marimbondos em meu cérebro, sugerindo-me pusesse termo à existência de rapaz errante, em busca de um emprego que não aparecia. Deixei-me invadir por aqueles pensamentos amargos, quando me falaram de almoço. Antes que me retirasse do trabalho, alvejei o meu próprio coração com um tiro certo(...). Arrependi-me de tanto mal praticado contra mim, no entanto era tarde(...). Sei que entrei num pesadelo em que via o meu próprio sangue a rolar do peito como se aquele filete rubro não tivesse recursos de terminar. Despertei num hospital, onde me encontro até agora, em tratamento(...) Graças a Deus, melhorei da hemorragia incessante que me enlouquecia. Depois de algumas semanas de aflição, um médico apareceu com uma boa nova. Ele me disse que as preces de uma pessoa que se beneficiara com a córnea que doei ao Banco de Olhos se haviam transformado para mim num pequeno tampão que, colocado sobre o meu peito no lugar que o projétil atingira, fez cessar o fluxo do sangue imediatamente. Eu, que não fizera bem aos outros, que me omiti sempre na hora de servir, compreendi que o bem mesmo feito involuntariamente por uma pessoa morta é capaz de revigorar-nos as forças da existência”. De qualquer modo, o suicídio não se justifica em hipótese alguma. Mesmo quando uma pessoa vê à sua frente uma morte inevitável e terrível - como uma doença incurável -, que a leva a procurar abreviar alguns instantes de seu sofrimento, através, por exemplo, da eutanásia. Proposta a situação por Allan Kardec aos Instrutores que lhe esclareciam as dúvidas, estes disseram que “sempre se é culpado de não esperar o termo fixado por Deus. Aliás, haverá certeza de que ele tenha chegado, apesar das aparências, e não se pode receber um socorro inesperado no derradeiro momento?”. Finalizando, Kardec pondera no capítulo cinco d’ O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO: “- A calma e a resignação hauridas na maneira de encarar a vida terrestre, e na fé no futuro, dão ao Espírito uma serenidade que é o melhor preservativo contra o suicídio”. 

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