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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

A RESPOSTA; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Algumas pessoas contestam a doutrina da reencarnação, como contrária aos dogmas da Igreja, concluindo que a mesma não existe. Que é que se pode responder? Allan Kardec inclui interessante comentário em sua REVISTA ESPÍRITA sobre questão similar. Escreve: -“A resposta é muito simples. A reencarnação não é um sistema que dependa dos homens adotar ou não, como se faz com um sistema político; é uma lei inerente à Humanidade, como comer, beber e dormir; uma alternativa da vida da alma como a vigília e o sono são alternativas da vida do corpo. Se é uma lei da natureza, não é uma opinião contrária que se a possa impedir de ser. A Terra não gira ao redor do Sol porque se o acredite, mas porque obedece a uma lei; e os anátemas que foram lançados contra esta lei não impediram que a Terra girasse. Assim, como a reencarnação: não será a opinião de alguns homens que os impedirá de renascerem, se tiverem que renascer. Admitido que a reencarnação é uma lei da natureza, suponhamos que ela não possa acomodar-se com um dogma: trata-se de saber se a razão está como dogma ou com a lei. Ora, quem é o autor da lei da natureza, senão Deus? No caso, direi que não é a lei que contraria o dogma, mas o dogma que contraria a lei, desde que qualquer lei da natureza é anterior ao dogma e os homens renasciam antes que o dogma fosse estabelecido. A questão é saber se existe ou não a reencarnação. Para os espíritas há milhares de provas contra uma que é inútil repetir. Direi apenas que o Espiritismo demonstra que a pluralidade de existências não só é possível, mas necessária, indispensável; e ele encontra a sua prova, sem falar da revelação dos Espíritos, numa incalculável multidão de fenômenos de ordem moral, psicológica e antropológica. Tais fenômenos são efeitos que tem uma causa. Buscando-se a causa, encontramo-la na reencarnação, posta em evidência pela observação daqueles fenômenos, como a presença do Sol, embora oculto pelas nuvens, é posta em evidência pela luz do dia. Para provar que está errada, ou que não existe, seria preciso explicar melhor, por outros meios, tudo o que ele explica o que ninguém ainda fez. Antes da descoberta das propriedades da eletricidade, se alguém tivesse anunciado que poderia em cinco minutos corresponder-se a quinhentos quilômetros, não teriam faltado cientistas que lhe provassem cientificamente, pelas leis da mecânica, que a coisa era materialmente impossível, pois não, pois não conheciam outras leis. Para tanto havia necessidade da revelação de uma nova força. Assim com a reencarnação. É uma nova lei, que vem lançar luz sobre uma porção de questões obscuras e modificará profundamente todas as ideias quando for reconhecida. Assim, não é a opinião de alguns homens que prova a existência da lei: são os fatos. Se invocamos o seu testemunho, é para demonstrar que ela tinha sido entrevista e suspeitada por outros, antes do Espiritismo, que não é seu inventor, mas a desenvolveu e lhe deduziu as consequências”.


Ultimamente temos visto muitos acidentes aéreos e rodoviários, causando muitas vítimas, muitas delas fatais. Pergunto: as causas desses acidentes, em grande parte, se devem a erro humano. Como podemos justificar que as vítimas estão pagando por erros do passado? Deus fez com que esses acidentes acontecessem para essas pessoas morrerem? Como funciona a justiça divina nesses casos?

As mortes por acidentes sempre existiram na história humana, desde o homem primitivo. A diferença é que, nos primórdios da humanidade, os acidentes eram de pequena dimensão, a maioria por causas naturais, até porque não havia máquinas.

Como advento da máquina, que tem um grande potencial de destruição, os acidentes foram produzindo resultados mais catastróficos, embora não devamos esquecer que é a natureza que ainda tem maior potencial de destruição em termos de quantidade de vítimas, como no caso dos terremotos e dos tsunamis.

Temos aprendido com o Espiritismo, no entanto, que nada acontece por acaso e, portanto, mesmo os acidentes no ar, no mar ou nas estradas podem se dever a causas humanas e aos defeitos das máquinas, causando mortos e feridos, mas no fundo sempre há causas de ordem espiritual.

Nada que ocorre no universo está fora das leis universais, que são as leis de Deus, mesmo o que se refere ao destino humano.

Ora, se o ser humano for mais responsável e estiver mais atento a condições que possam provocar vítimas, os acidentes por causa humana evidentemente serão em menor proporção, mas os flagelos de ordem natural continuarão a acontecer.

Isso realmente vai acontecer quando a humanidade alcançar um nível mais elevado de consciência moral, quando estiver mais atenta aos cuidados que deve ter com o meio ambiente, inclusive para evitar surpreendentes reviravoltas climáticas, que não acabam causando tantas calamidades.

Na verdade, se considerarmos que o mundo é um grande navio, podemos afirmar que o homem é seu comandante e, assim sendo, responsável por muitos acidentes que acontecem.

A evolução moral da humanidade só vai ajudar a humanidade e poupar muitas dores, pois é o próprio homem quem provoca os maiores problemas que acontecem no cenário do mundo.

– Aliás, só existem provas e expiações porque o ser humano ainda não sabe se conduzir na vida como deveria e, por isso, geralmente traz do passado uma série de culpas que redundam em desastres e calamidades.

Deus, nosso Pai de amor e misericórdia, como Jesus ensinou, deu-nos inteira liberdade de agir, mas estabeleceu suas leis que regulam a vida. Desse modo, o sofrimento resultante dos acidentes em geral decorre de nossa irresponsabilidade diante de nós mesmos e dos outros.