A história recente da fenomenologia operada pelos Espíritos desencarnados na realidade em que vivemos, sobretudo do final do século XX, ficou marcada pelos fatos produzidos, a princípio, por médiuns extraordinários. No campo da música erudita, pela dona de casa inglesa Rosemary Brown através de quem celebre compositores das fases clássicas produziram peças reconhecidas por vários especialistas como sendo dos autores que as assinavam. No da pintura, no Brasil, o jovem Luiz Antonio Gasparetto, desde a adolescência serviu para que grandes mestres da pintura se mostrassem vivos em outra dimensão, evidenciando a realidade da sobrevivência. No campo da literatura, desde o início do século XX, Chico Xavier permitiu que inúmeros poetas e escritores documentassem que continuavam vivos, apesar da morte física. E, na área da saúde, José Pedro de Freitas, mais conhecido como Zé Arigó, deu inicio a uma verdadeira revolução nos conceitos mecanicistas vigentes, seja nas prescrições, seja nas cirurgias invasivas operadas em tempo reduzido, sem preparo prévio, sem dor apesar da ausência de anestesia, sem efeitos colaterais ou óbitos que se tenha tido conhecimento. No seu caso, a ação do Espírito conhecido como Dr Fritz, começou quando ele contava 28 anos, inesperada e espontaneamente, de forma inconsciente, erradicando um câncer de pulmão de um candidato a reeleição ao cargo de Senador da República por Minas Gerais e, dias depois, de um tumor uterino de uma conhecida de sua cidade. A partir daí, milhares de pessoas foram atendidas até que fosse preso pelo exercício ilegal da Medicina. Depoimentos impressionantes ficaram preservados, especialmente no livro O CIRURGIÃO DA FACA ENFERRUJADA do jornalista norteamericano Brian Fuller. Um deles, envolve a senhora Maria Emília Silveira, oriunda de Vitória da Conquista (BA), portadora de câncer no útero; desenganada pelos médicos, cirurgiada no dia 23/7/57. Testemunhas – Ismenio Silveira (marido), Randulfo Paiva (advogado), Adhemar Alves Brito (Cel Exercito), Newton Boechat, Duração: 8 minutos. Atentemos para o depoimento do médico Ladeira Marques: -“Penetramos no pequeno aposento onde se fazem as intervenções, encontrando a paciente deitada em decúbito dorsal, sobre o assoalho. Incumbiu-me o Dr Fritz de afastar as vestes da paciente, a fim de praticar a intervenção. Perguntou ao marido, presente, se desejava que a intervenção se fizesse pela via baixa ou por via abdominal, decidindo-se o marido pela via baixa. Foram introduzidos na cavidade vaginal da paciente, sem auxílio de espéculo, três tesouras e dois bisturis, com manobra brusca sem ferir a doente. Cada instrumento introduzido de um só golpe. O ramo das tesouras era ainda mantido pela mão do médium Arigó. Para surpresa nossa, o outro ramo da tesoura, automaticamente, sem nenhuma intervenção visível de mão humana, passou a se movimentar, aproximando-se e se afastando do primeiro como ocorre no ato de seccionar um objeto. Procuramos ver se o movimento que presenciávamos na tesoura estendia-se a outras peças do instrumental cirúrgico empregado na operação e nada pudemos registrar, ouvindo-se, no entanto barulho de entrechoques de metais e o ruído do seccionamento dos tecidos. Decorridos poucos minutos, o Dr Adolf Fritz, através da intervenção do médium Arigó, retirou do campo operatório uma das tesouras introduzidas, que se apresentava ligeiramente impregnada de sangue. Tornou a repor a tesoura no local, dizendo: - “Senhor!. Não quero que haja sangue!”. E a intervenção se fez sem hemorragia. Tomando em seguida uma pinça, recomendou-nos prestar atenção e, introduzindo no local da intervenção, retirou um pedaço de tecido com cerca de 8x4 centimetros, mostrando-o a todos os presentes. A primeira impressão que tive foi que se tratasse da extirpação do útero, mas, como informasse ele à doente que ainda poderia conceber, conclui que se tratava de operação de um tumor uterino. Sem praticar nenhuma anestesia, no decorrer de toda a intervenção, manteve-se a paciente com fisionomia calma e tranquila, não deixando transparecer, absolutamente, nenhum gesto ou reação de dor. Ainda segundo o marido, “retirado o tumor, o Dr. Fritz deu uns quatro ou cinco socos no ventre – local antes dolorido -, e sua mulher permaneceu impassível, sem nada sentir”. O reconhecidamente intransigente médico e professor universitário Dr Ary Lex, foi a Congonhas do Campo (MG), conferir, testemunhando o seguinte: -“ “Arigó, em estado de transe mediúnico, convidou-nos a aproximar-nos do local em que ia operar, na frente do povo. Embora declinássemos nossa qualidade de médico, não nos dispensou nenhuma atenção especial. Tratou-nos rudemente. A única gentileza, convidar-nos a assistir as operações e, posteriormente, o auxiliarmos. No espaço de meia hora, realizou 4 operações, entre as quais: 1- Drenagem de Quisto Sinovial- Sem nenhuma preparação cirurgica, anestesia ou assepsia, não usando nenhuma técnica hipnótica ou letárgica, toques no paciente ou qualquer outro processo de sugestão ou algo semelhante. 2- Operação de ptirígio – Segurei a cabeça da paciente. Arigó realizou a intervenção com uma tesoura de unha. Ante o sangramento abundante, comprimiu o local com algodão, mandando o sangue estancar, produzindo a hemostasia imediata, mandando, ao final, a paciente embora sem maiores cuidados. No correr dos atos operatórios, os pacientes estavam conscientes, tranquilos, não reagindo, respondendo nada sentir.
“Vendo a
novela A VIAGEM, me vieram algumas dúvidas: Os Espírito maldoso pode obsedar
assim com facilidade tantas pessoas? Essas pessoas não têm seus anjos da guarda
para defendê-las? É tão difícil assim
perceber que estão sendo obsidiadas? Elas não teriam que ir a um centro
espírita?”
Já comentamos aqui que as novelas procuram exagerar os fatos
com cenas que impressionam, principalmente quando se trata de retratar a
atuação dos Espíritos mal intencionados.
É claro que a capacidade de lidar com esse tema, atuação dos
Espíritos em nossa vida, depende muito da habilidade dos diretores da novela,
mas o que prevalece mesmo é sua intenção de impressionar melhor os
expectadores.
Os Espíritos estão por toda parte onde há pessoas –
principalmente Espíritos aqueles que nada têm a fazer - e, segundo o Espiritismo,
de uma forma tão velada que nós, os encarnados, nem percebemos. Trata-se de uma
relação de mente para mente.
Se percebêssemos a presença dos Espíritos, como afirma Allan
Kardec, nós perderíamos a espontaneidade de nossas ações, porque nos
sentiríamos observados e constrangidos com sua presença, de tal forma que não
agiríamos com naturalidade.
Já falamos aqui que,
como Espíritos encarnados, só nos comunicamos com os desencarnados através do
pensamento, ou seja, de mente para mente. É uma linguagem apenas telepática,
que geralmente não depende da nossa vontade.
Um Espírito não tem
como chegar junto a fulano e dizer para ele, por exemplo, que deve ir a determinado lugar para se encontrar com
beltrano. Mas ele pode sugerir isso por pensamento e até conseguir se
comunicar, se houver sintonia entre as duas mentes, a encarnada e a
desencarnada.
Um Espírito não pode empurrar uma pessoa para que ela caia e
se machuque, mas ele pode sugerir um caminho cheio de obstáculos onde ela
correrá maior risco de cair.
Mas os bons Espíritos,
nossos protetores, também têm ação sobre nós, embora os maus nos peguem
desprevenidos, nos momentos de conflito intimo ou de revolta, quando oferecemos
campo mental propício para isso.
Nesse sentido o bom amigo espiritual pode levar certa desvantagem,
se nós não damos chance de nos ajudar, porque não conseguimos alimentar
pensamentos positivos.
Uma parcela muito pequena da população, num caso de
necessidade extrema, procura o centro espírita para ajudar na solução de certas
perturbações, quase sempre após recorrem a psicólogos e psiquiatras.
Mas o tratamento espírita é de ordem espiritual. Existem
atividades mediúnicas que podem ajudar. No entanto, o mais o mais importante é
sempre a mudança de atitudes perante a vida.
Nesse sentido devemos que lembrar que o tratamento espírita
estará sempre voltado para os valores cristãos, pois, é partir daí, que a pessoa e sua família podem
melhorar o ambiente espiritual de casa e facilitar a cura.

