Múltiplos aspectos existem a serem investigados a respeito da reencarnação, especialmente porque cada renascimento traz para nossa Dimensão, Espíritos com históricos, anseios e condições familiares diferentes. Reunimos três situações que complementadas pelas informações finais, fornecem elementos para diferentes cogitações e reflexões. CASO 1 - Seis anos após o casamento, a confirmação da programada gravidez revelou um comportamento inusitado: a implicância da esposa em relação a qualquer gesto ou ação do marido. A situação chegou a tal ponto que a separação parecia ser a melhor solução até que consultado, um amigo sensitivo, começou a insistir para que o candidato a pai deixasse aquele Espírito reencarnar. Ante a estranheza do candidato a pai, reiteradas vezes repetiu o orientador –“Fulano, deixa esse menino nascer”. A simples aproximação da esposa à medida que a gestação evoluía, parecia provocar inquietação no feto em desenvolvimento, desencadeando na mãe, crises acentuadas de repulsa ao marido. Após o nascimento, com o passar dos dias, qualquer tentativa do pai de segurar a criança nos braços, desencadeava no pequeno, crises violentas de choro, provocando, agora no irritado pai, ímpetos de compreensível aversão até que, procurado, o inspirado conselheiro, sugeriu: -“Aproveite as horas de sono do bebe e converse com ele. Peça-lhe uma oportunidade, desculpas por eventuais prejuízos a ele causados, diga-lhe que o ama. Creia, ela o estará ouvindo!”. Acatada e implementada a recomendação, após algumas semanas, o quadro, como que por encanto, se modificou. Sete anos se passaram e, hoje, filho e pai não se separam, o pequeno vendo no genitor, seu amigo e parceiro de todos os momentos. CASO 2- A poucas semanas do casamento, em meio aos preparativos finais, uma séria discussão por motivo banal, parecia ter posto fim ao sonho de vários anos. Numa conversa do pai da moça com médium conhecido de longa data, a revelação de um dado inimaginável: por traz daquele efeito, havia a influência de um Espírito que, pela Lei de Causa e Efeito, estava programado para renascer da união do casal que não mais queria cumprir o combinado, desistindo do plano, tentando tudo o que podia para evitar a consumação do compromisso matrimonial. Sugestão: a mãe conversar bastante com o Espírito, tentando dissuadi-lo de seu intento; submeter-se à terapia do passe juntamente da criança que se desenvolvia em seu ventre. Apesar do acato à orientação, a gravidez foi pautada por inúmeras intercorrências, colocando em risco o ciclo natural da gestação. CASO 3- Durante entrevista de Chico Xavier em visita à Goiânia, capital de Goiás, no dia 7 de maio de 1974, questionado sobre porque motivo o casal, muitas vezes, tem no noivado uma paixão marcante e experimenta a diminuição do interesse afetivo nas relações recíprocas, após o nascimento dos filhos, o médium respondeu: -“Grande número de enlaces na Terra obedece a determinações de resgates, escolhidas pelos próprios cônjuges, antes do renascimento no berço físico. E aqueles amigos que serão filhos do casal, muitas vezes, agindo no Além, transformam, ou melhor, omitem as dificuldades prováveis do casamento em perspectiva para que os cônjuges se aproximem afetuosamente um do outro (...). O namoro e o noivado, em muitas ocasiões, estão presididos pelos Espíritos que serão filhos do casal. Quando esses mesmos Espíritos se corporificam em nossa casa, na posição de nossos próprios filhos (...), existe, sim, o decréscimo da paixão, no capítulo das feições possessivas que nos cabe evitar ”. Em revelações do Espírito Vetterini através da jovem médium Reinne, em pesquisas conduzidas pelo pintor Corneille, entre 1912/1913, a entidade explicou que “durante 2 ou 3 meses após a concepção, o Espírito é relativamente livre e é bem raro ele vir visitar o próprio corpo que está sendo construído no ventre da mãe; frequência intensificada à medida que o tempo passa, imprimindo suas características ao corpo em formação, modelando-o dissimuladamente de acordo com seu desejo, fixando-se quase por definitivo aí pelos 7 meses”. No livro AS VIDAS SUCESSIVAS (lachâtre), publicado em 1911, pelo do pesquisador Albert De Rochas relatando como praticamente redescobriu a possibilidade da regressão de memória a encarnações anteriores, o caso número 3, a regressão de Eugénie, mostra que “aproximando-se daquela que deveria ser sua mãe e que acabava de concebê-la, não entrou no feto, porém ficou em torno de sua mãe até o momento em que a criança veio ao mundo, entrando pouco a pouco, ‘por ímpetos’, no pequenino corpo, só ficando completamente ligada a ele por volta dos 7 anos, vivendo parcialmente fora de seu corpo carnal, que via nos primeiros meses de vida como se estivesse colocada fora dele”.
É verdade
– disse ele - que Chico Xavier
foi processado pela família de Humberto de Campos porque publicou livros
psicografados com o nome do escritor falecido?
Esse foi um
dos casos mais extraordinários – com certeza, o único no mundo - não só para o
meio espírita, como também para o mundo jurídico, que ocorreu no ano de 1944, há cerca de 80 anos.
O escritor Humberto de Campos, primeiro presidente da
Academia Brasileira de Letras, autor de várias obras durante sua vida no Rio de
Janeiro, passou a escrever por Chico Xavier cerca de três anos após seu falecimento.
Na época Chico era um jovem, tinha apenas 27 anos.
Seus livros eram publicados pela editora da Federação Espírita Brasileira.
Os livros atribuídos a Humberto de Campos-Espírito
eram Crônicas de Além-Túmulo; Reportagens de Além-Túmulo; Luz Acima; Brasil
Coração do Mundo, Pátria do Evangelho e
Novas Mensagens.
Humberto de Campos, por outro lado, cronista e
escritor de renome, deixou algumas dezenas de obras publicadas, sobretudo
crônicas e contos.
Mas, sua família – ao saber que as obras psicografadas
passaram a ser mais procuradas do que aquelas que ele publicou em vida, entrou
com uma ação contra Chico Xavier e contra a editora.
A família alegava que não havia prova de que as obras
tinham sido realmente produzidas por Humberto de Campos, não obstante
demonstrassem o estilo inconfundível do autor. E, diante disso, ela
reivindicava provas concretas fornecidas por críticos literários, e se as ditas
obras psicografadas fossem realmente de Humberto-Espírito, que os direitos
autorais provenientes da venda dessas obras viessem para a família.
Na ocasião, para defender o Chico e se defender, a
Federação Espírita Brasileira contratou o advogado Miguel Timponi, um nome
muito respeitável no meio jurídico. Timponi pediu à FEB uma assessoria
doutrinária para provar que as obras psicografadas eram autênticas, o que não
foi difícil conseguir, reunindo grandes estudiosos do Espiritismo.
O assunto gerou polêmica na época e repercutiu durante
dias nos principais periódicos do país, transformando-se em livro intitulado
"A PSICOGRAFIA ANTE OS TRIBUNAIS".
Nessa obra Timponi relata todo o processo – juntando
pareceres de críticos literários - até a
decisão final da justiça que reconheceu que, para fins legais, os direitos
autorais não poderiam ser atribuídos a um espírito desencarnado.
A justiça não era competente para resolver a questão
da autoria espiritual, uma vez que o assunto está fora de sua alçada e pertence
mais à filosofia e à ciência.
A viúva levou o processo ao Tribunal de Apelação do
Distrito Federal, onde o relator, Álvaro Moutinho Ribeiro da Costa, indeferiu o
provimento ao recurso, confirmando a sentença.
Ao analisar o caso, Rodrigo Kaufmann, na obra
"Memória Jurisprudencial", acredita que entre os vários casos no qual
atuou o ministro Ribeiro da Costa, nenhum ganhou tanto destaque quanto o
processo de Humberto de Campos.
Por outro lado, a mãe de Humberto de Campos, Ana de
Campos Veras, ainda encarnada na época, havia reconhecido o estilo do filho nas
obras psicografadas, fez amizade com o Chico, e foi entrevistada pela imprensa.
Dona Ana de Campos declarou para o jornal o Globo de
julho de 1944: "Não conheço nenhuma
explicação científica para esclarecer esse mistério (...) Só um homem muito
inteligente, muito culto e de fino talento literário poderia ter escrito essa
produção, tão identificada com a de meu filho ".
Mais tarde, o filho mais velho do autor, Humberto de
Campos Filho declarou-se espírita e escreveu um livro a respeito do caso,
intitulado “IRMÃO X, MEU PAI”, alusão ao cognome que Humberto de
Campos-Espírito passou a utilizar nas várias obras que psicografou
posteriormente.
Para se conhecer o caso, que teve vários
desdobramentos, e também o processo movido contra o médium e a editora, você,
prezado ouvinte, deve ler os livros “PSICOGRAFIA ANTE OS TRIBUNAIS”, “NOVAS
MENSAGENS”, este último como várias cartas enviadas por Humberto-Espírito aos
seus familiares, mais o livro ‘IRMÃO X,
MEU PAI” de Humberto de Campos Filho.