faça sua pesquisa

domingo, 18 de dezembro de 2022

ENTENDENDO A TURBULENTA CONVULSÃO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Se tentarmos conversar com uma criança de cinco anos sobre a Teoria da Relatividade será que obteremos sucesso? Se nos dirigirmos a um dos habitantes das diversas comunidades rurais da Papua-Nova Guiné para ouvi-lo sobre planejamento estratégico haveria reciprocidade? Se falássemos para um intolerante radical religioso que há inúmeras evidências confirmando a realidade da reencarnação, teríamos chance de prolongar o entendimento? Uma breve reflexão sobre tais questões resultariam numa óbvia resposta: não! As imagens se associadas a outra criada pelo Espírito Emmanuel através do médium Chico Xavier na mensagem O GRANDE EDUCANDÁRIO no livro ROTEIRO (feb,1952) sobre a Terra ser uma das muitas escolas dedicadas à evolução espiritual abrigando “mais de vinte bilhões de almas conscientes desencarnadas”, permitem-nos entender o que acontece neste momento do Planeta em que vivemos. Na segunda mensagem selecionada por Allan Kardec para compor as Instruções dos Espíritos do Capítulo 3 – Há Muitas Moradas Na Casa de Meu Pai, d’ O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Santo Agostinho traça um perfil dos Mundos de Expiação e de Provas entre os quais se insere ainda a Terra. Diz, entre outras coisas, que “a superioridade da inteligência, num grande número de seus habitantes, indica que ela não é um mundo primitivo, destinado à encarnação de Espíritos ainda mal saídos das mãos do Criador. Suas qualidades inatas são a prova de que já viveram e realizarem certo progresso, mas também os numerosos vícios a que se inclinam são o indício de uma grande imperfeição moral”, estando neste mundo como estrangeiros para expiarem suas faltas através de um trabalho penoso e das misérias da vida, até que se façam merecedores de passar para um mundo feliz”, tendo “vivido em outros mundos, dos quais foram excluídos por sua obstinação no mal, que os tornava causa de perturbação para os bons”. Salienta, porém, que “não são todos os Espíritos encarnados na Terra que se encontram em expiação. As raças que chamais selvagens, constituem-se de Espíritos apenas saídos da infância, e que estão, por assim dizer, educando-se e desenvolvendo-se ao contato de Espíritos mais avançados”. Acrescenta que “vem a seguir as raças semicivilizadas, formadas por esses mesmos Espíritos em progresso, sendo de algum modo, as raças indígenas da Terra, que se desenvolveram pouco a pouco, através de longos períodos seculares, conseguindo algumas atingir a perfeição intelectual dos povos mais esclarecidos”. São Luiz na resposta à última pergunta d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS, revela que o momento da “transformação predita para a Humanidade terrena” havia chegado, resultando não só “na remoção dos Espíritos maus mas também dos que tendem a deter a marcha das coisas”. Isto sugere a atuação de um comando a operar essas ações. Nos versículos 3 e 10 do Capítulo 1 do EVANGELHO de João, apresentado Jesus diz “todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez” e “estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu”, sugerindo não ser ele apenas mais que o Mestre reconhecido por todos os que estudam sua história. Obras mediúnicas recebidas por Chico Xavier como A CAMINHO DA LUZ de Emmanuel e, BRASIL, CORAÇÃO DO MUNDO PÁTRIA DO EVANGELHO assinada por Irmão X, revelam aspectos de planejamentos tecidos na Espiritualidade para encaminhar a evolução dos habitantes da Terra. Especialmente o segundo, prende-se à nova fase ou Ciclo – estimado recentemente pela ciência como de 2160 anos - em que iria começar entrar o planeta nos séculos seguintes. Para se ter uma ideia de como funcionam as coisas nos bastidores da evolução, em interessante questionamento sobre o fenômeno Joana D’Arc, a aldeã de Orleans, na França, que transformou-se em líder militar na vitória francesa sobre a ambição inglesa no século XIV, Chico Xavier explicou que “naquela época, os Espíritos encarregados da evolução do Planeta estavam selecionando os gens que viriam a servir na formação do corpo da plêiade de entidades nobres que reencarnariam para ampliar o desenvolvimento geral da Terra, através do chamado Iluminismo francês. Era preciso cuidado para que os corpos pudessem suportar a dinâmica das inteligências que surgiriam. Se a França fosse invadida, perder-se-ia o trabalho de muitos séculos. Então Joana D’Arc foi convocada para que impedisse a invasão, a fim de que se preservassem as sementes genitais, para a formação de instrumentalidade destinada aos gênios da cultura e do progresso que renasceriam na França, especialmente em se tratando da França do século XIX que preparou, no mundo, a organização da era tecnológica que estamos vivendo no século XX”.

Leninha, rua São João, 747) Tem-se perguntado, diante de tanta violência, onde está Deus. Por que Ele, por sua vontade, não transforma tudo? Num de seus livros, André Luiz, através do personagem Gúbio diz: “ o Senhor do Universo aperfeiçoa o caráter dos filhos transviados de Sua Casa usando corações endurecidos, temporariamente afastados de Sua Obra”. Gostaria de ouvir um comentário a respeito.



Questão importante. Seria ingenuidade acreditar que Deus pode transformar toda a nossa imperfeição em perfeição, por milagre; em nos transformar em pessoas bondosas, quando ainda não aprendemos a praticar nem pequenos atos de bondade. Na verdade, o único milagre é a perfeição de sua lei, a lei de evolução. Na Bíblia, Deus criou a natureza tal qual ela é hoje; mas a ciência humana vem descobrindo que, na realidade, não foi assim. A natureza vem se transformando dia-a-dia e não pára de mudar. Aliás, tudo que existe, inclusive o homem, veio se fazendo paulatinamente através dos tempos: é o que chamamos Lei de Evolução.


Para ficar mais fácil esse entendimento, vamos dar um exemplo. Como que a natureza fabrica um ser humano? Com certeza, nenhum de nós apareceu no mundo pronto e acabado como é hoje. Cada um surgiu a partir de uma conjunção entre um espermatozóide e um óvulo, formando de início apenas uma célula tão pequena, tão minúscula, que não podemos ver – a célula-ovo. Nove meses no ventre materno para essa célula se dividir infinitas vezes, aumentando continuamente o volume e formando um corpo que, aos poucos, foi adquirindo o formato de um ser humano, até nascer. Mas para se tornar um ser adulto, como é agora, ainda levou dezenas de anos, transformando-se num corpo com mais de 50 trilhões de células. Este, o milagre de Deus.


É assim que funciona da Lei de Evolução; é assim que Deus intervém na sua criação. Segundo a ciência, os primeiros seres vivos, que surgiram na Terra há cerca de 3,5 bilhões de anos eram apenas minúsculas células, mas os primeiros humanóides (seres brutalizados parecidos com o homem) só apareceram de 10 milhões de anos para cá. O “homo sapiens”, que deu origem a atual espécie humana data de apenas 150 mil anos. A humanidade só inventou a escrita há cerca de 10 mil anos atrás, surgindo a civilização. Somente há 500 anos teve início a ciência. Quase todas as grandes invenções apareceram no século passado. E aqui estamos nós, caminhando nesse ritmo para novas etapas de evolução. Nada acontece por acaso, tudo na natureza obedece à lei de evolução.


Assim também nosso progresso moral, Leninha. O homem, nos seus primeiros tempos, em nada se parecia com qualquer um de nós. Ela demorou milhões de anos para chegar à compleição física, à inteligência e à capacidade de discernimento que tem agora, mas ainda tem longo caminho a percorrer. Embora Jesus tivesse proclamado a lei do amor há 2 mil anos, ainda somos como alunos de pré-escola em matéria de amor: temos quase tudo a aprender. A criança, em tenra idade, pensa que os pais lhe podem dar o que ela quiser e na hora que quiser, desde que peça. Assim também pensamos a respeito de Deus. Entretanto, como os pais querem que os filhos aprendam as leis da vida para serem homens de bem e para isso precisam sofrer, Deus também não nos pode isentar dos problemas que nós próprios criamos para, depois, aprender como resolvê-los.


Essa frase do livro de André Luiz, que você citou, quer mostrar que todos estamos frequentando a escola da vida para aprender, mas não estamos exatamente no mesmo nível de aprendizado, uns andaram mais e outros menos. Ainda não aprendemos a viver sem conflitos, sem violência e sem agressão; ainda carregamos conosco muito de egoísmo e de orgulho. No entanto, precisamos superar esta etapa, aprendendo uns com os outros e todos com as leis da vida. Jesus, por exemplo, nos ensinou a praticar o perdão; entretanto, se não formos ofendidos, como vamos aprender a perdoar? Se não tivermos inimigos, como vamos aprender a amá-los? Logo, essa disparidade de situações, que vemos todos os dias - de um lado, elevado gestos de desprendimento e amor e, de outro, atos de violência e crueldade – tudo isso faz parte de um cenário, onde ainda temos muito a aprender, em busca do nosso aperfeiçoamento espiritual. Foi nesse sentido que Jesus disse: “Aquele que perseverar até o fim será salvo”.


Nenhum comentário:

Postar um comentário