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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Como o Espiritismo Pode Ajudar (final)


Os anos 70 do século 20, revelam uma intensificação do número de mortes violentas, individuais e coletivas, curiosamente no momento em que o Espiritismo saia do segregacionismo em que socialmente era mantido, para a popularização, a partir das marcantes aparições de Chico Xavier, no programa PINGA-FOGO, da extinta TV TUPI, de São Paulo. Uberaba (MG), tornou-se ponto de referência dos que, atingidos pela superlativa dor da perda de entes queridos, buscavam na Espiritualidade a informação, o consolo, a esperança, a certeza da continuidade da vida. E o ‘correio mediúnico’, transformou Chico Xavier, no “carteiro” com que Deus permitia a chegada de tão aguardadas notícias. Centenas de recém-desencarnados, atendendo a intensivo programa de despertamento e conforto espiritual, sob a coordenação e supervisão do Orientador Espiritual Emmanuel, marcaram presença nas memoráveis reuniões publicas das sextas e sábados ao longo de vários anos. O próprio Benfeitor psicografou várias mensagens. Publicadas em 1973, estão À FRENTE DA MORTE, inserida no livro ESCRÍNIO DE LUZ (clarim), onde diz: “-Não olvides que, além da morte, continua vivendo e lutando o Espírito amado que partiu(...).Nada perece. Tudo se transforma na direção do Infinito Bem”; e, MORTOS AMADOS, integrante do NA ERA DO ESPÍRITO (geem), em que  aconselha: “-Lembra a criatura querida que não mais te compartilha as experiências no Plano Físico, não por pessoa que desapareceu para sempre e sim à feição de criatura invisível mas não de todo distante”, frisando: “Se te deixas vencer pela angústia, ao recordar-lhes a imagem, sempre que se vejam em sintonia mental contigo, ei-los que suportam angústia maior, de vez que passam a carregar as próprias aflições sobretaxadas com as tuas”. Em 1974, começaram a surgir os primeiros livros com tais cartas, destacando-se JOVENS NO ALÉM e SOMOS SEIS (geem), contendo mensagens de jovens desencarnados no incêndio do Edifício Joelma  na capital paulista. Em 1975, ELES ESTÃO VIVOS, presente no livro CAMINHOS DA VOLTA (geem), afirmando: “-Ainda quando não reconheças, de pronto, semelhante verdade, eles te veem e te escutam!. Quanto possível, seguem-te os passos compartilhando-te problemas e aflições!(...) Não estão mortos. Entraram em novas Dimensões de existência, mas prosseguem de coração vinculado ao teu coração”. Uma das mais conhecidas e confortadoras é ELES VIVEM, contida no livro RETORNARAM CONTANDO (ide), onde o Benfeitor diz: “-Ante os que partiram, precedendo-te na Grande Mudança, não permitas que o desespero te ensombre o coração. Eles não morreram. Estão vivos. Compartilham-te as aflições, quando te lastimas sem consolo. Inquietam-se com a tua rendição aos desafios da angústia quando te afaste da confiança em Deus. Eles sabem igualmente quanto dói a separação. Conhecem-te o pranto da despedida e te recordam as mãos trementes no adeus, conservando na acústica do Espírito as palavras que pronunciaste, quando não mais conseguiam responder às interpelações que articulaste no auge da amargura. Não admitas estejam eles indiferentes ao teu caminho ou à tua dor. Eles percebem quanto te custa a readaptação ao mundo e à existência terrestre sem eles e quase sempre se transformam em cireneus de ternura incessante, amparando-te o trabalho de renovação ou enxugando-te as lágrimas quando tateias a lousa ou lhes enfeitas a memória perguntando porque...Pensa neles com saudade convertida em oração. As tuas preces de amor representam acordes de esperança e devotamento, despertando-os para visões mais altas da vida. Quando puderes, realiza as tarefas em que estimariam prosseguir e te-los-ás contigo por infatigáveis zeladores de teus dias. Se muitos deles são teu refúgio e inspiração nas atividades a que te prendes no mundo, para muitos outros deles és o apoio e o incentivo para a elevação que se lhes faz necessária. Quando te disponhas a buscar os entes queridos domiciliados no Mais Além, não te detenhas na terra que lhes resguarda as últimas relíquias da experiência no Plano Material....Contempla os céus em que Mundos inumeráveis nos falam da união sem adeus e ouvirás a voz deles no próprio coração, a dizer-te que não caminharam na direção da noite, mas sim ao encontro de Novo Despertar”. CONHEÇA TAMBÉM AS DUAS PRIMEIRAS PARTES DESTA POSTAGEM

 

Como o Espiritismo Pode Ajudar (2/3)


O impacto da tragédia de Santa Maria (RS), levará algum tempo para ser absorvido pelo inconsciente coletivo, deixando aos diretamente envolvidos a carga de dor com que ninguém nunca conta. A eles o Espiritismo tem muito mais coisas a dizer. N’ O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, por exemplo, no capítulo cinco, entre as INSTRUÇÕES DOS ESPIRITOS, encontra-se a mensagem do Espírito Sanson, antigo membro da Sociedade Espírita de Paris, abordando a Perda de Pessoas Amadas e Mortes Prematuras, orientando aos que enfrentam essas provações: “-Tendes necessidade de vos elevar acima do terra-a-terra da vida, para compreender que o Bem, frequentemente, está onde credes ver o mal, a sábia Providência aí onde credes ver a cega fatalidade do Destino. Porque medir a Justiça Divina pelo valor da vossa? Podeis pensar que o Senhor dos mundos queira, por um simples capricho, vos infligir penas cruéis? Nada se faz sem um objetivo inteligente e, qualquer que seja ao que se chegue, cada coisa tem sua razão de ser(...). É uma horrível infelicidade, dizeis, que uma vida tão plena de esperanças seja tão cedo cortada! De quais esperanças quereis falar? Das da Terra, onde aquele que dela se vai teria podido brilhar, construir seu caminho e sua fortuna? Sempre essa visão estreita que não pode se elevar acima da matéria. Sabeis qual seria a sorte dessa vida tão plena de esperanças segundo vós? Quem vos diz que ela não poderia ser cheia de amarguras?(...). Vós que compreendeis a Vida Espiritual, escutai as pulsações de vosso coração chamando esses bem amados, e se pedirdes a Deus para os abençoar, sentireis em vós essas poderosas consolações que secam as lágrimas, essas aspirações maravilhosas que vos mostrarão o futuro prometido pelo Soberano Senhor”. Em entrevista constante do livro A TERRA E O SEMEADOR (ide), Chico Xavier indagado sobre a incidência crescente das desencarnações em massa, respondeu: “-Acreditamos na Doutrina Espírita, segundo a qual todas essas ocorrência são subordinadas à Lei de Causa e Efeito. Apesar disso, estamos caminhando (1973) cada vez mais para um mundo de tecnologia muito avançada. E se não iluminarmos nossas conquistas com o amor que Jesus nos legou na Civilização Cristã, sem dúvida seremos obrigados a admitir que a tecnologia pode nos conduzir a desastres coletivos de maior expressão, comprometendo o progresso da Humanidade”. Meses antes, o Espírito Emmanuel, através do próprio Chico, respondeu a pergunta, posteriormente, inserida no livro CHICO XAVIER PEDE LICENÇA (geem), sobre como sendo Deus a Bondade Infinita, permite a morte aflitiva de tantas pessoas enclausuradas e indefesas, como nos casos dos grandes incêndios?, dizendo: “-Realmente reconhecemos em Deus o Perfeito Amor aliado à Justiça Perfeita. E o Homem, filho de Deus, crescendo em amor, traz consigo a Justiça imanente, convertendo-se, em razão disso, em qualquer situação, no mais severo julgador de si próprio. Quando retornamos da Terra para o Mundo Espiritual, conscientizados dos nossos débitos passados, rogamos os meios precisos a fim de resgatá-los devidamente. É assim que, muitas vezes, renascemos no Planeta em grupos compromissados para a redenção múltipla. Invasores ilaqueados pela própria ambição, que esmagávamos coletividades na volúpia do saque, tornamos à Terra com encargos diferentes, mas em regime de encontro marcado para a desencarnação conjunta em acidentes públicos. Exploradores da comunidade, quando lhe exauríamos as forças em proveito pessoal, pedimos a volta ao corpo denso para facearmos unidos o ápice de epidemias arrasadorasPromotores de guerras manejadas para assalto e crueldade pela megalomania do ouro e do poder, em nos fortalecendo para a regeneração, pleiteamos o Plano Físico a fim de sofrermos a morte de partilha, aparentemente imerecida, em acontecimentos de sangue e lágrimas. Corsários que ateávamos fogo a embarcações e cidades na conquista de presas fáceis, em nos observando no Além com os problemas da culpa, solicitamos o retorno à Terra para a desencarnação coletiva em dolorosos incêndios, inexplicáveis sem a reencarnação. Criamos a culpa e nós engenhamos os processos destinados a extinguir-lhes  as consequências. E a Sabedoria Divina se vale de nossos esforços e progressos sempre mais amplos no que diga respeito à nossa própria segurança. É por esse motivo que, de todas as calamidades terrestres, o homem se retira com mais experiência e mais luz no cérebro e no coração, para defender-se e valorizar a vida. Lamentemos sem desespero quantos se fizeram vitimas de desastres que nos confrangem a alma. A dor de todos eles é a nossa dor. Os problemas com que se defrontaram são igualmente nossos. Não nos esqueçamos, porém, de que nunca estamos sem a presença da Misericórdia Divina, que o sofrimento é, invariavelmente, reduzido ao mínimo para cada um de nós, que tudo se renova para o Bem de todos e que Deus nos concede sempre o melhor". ( LEIA TAMBÉM AS OUTRAS DUAS PARTES DESTA POSTAGEM )

Como o Espiritismo pode Ajudar (1/3)



“-Lá mesmo, ante a visão do campo aberto, uma equipe de enfermeiros nos aguardava. Aquilo nos fez pensar em preparação. Agarradas comigo, as nossas filhas Patrícia e Beatriz me tomavam a alma toda. Gritos e lamentações surgiam, próximos de nós, no entanto, as ambulâncias que não conhecíamos nos recolhiam com pressa. Zélia, como que aparvalhada, buscava em meus olhos alguma força que também a mim faltava, de todo, naquela hora em que unicamente a ideia de Deus me dominava os pensamentos(...) Uma fogueira que nos despojasse do corpo, deliberadamente, não nos faria tanto pânico. Uma espécie de pânico mortal, se pudéssemos dizer que penetrávamos num domínio em que a morte existisse. Sentia-me exausta, com cérebro tangido por alucinações de tal pavor que não conseguiria comunicar ao papel se o desejasse, me marcando todas as emoções, quando uma senhora de semblante simpático se abeirou de mim e notificou-me que o acidente imprevisível na Terra, fora anotado na Vida Espiritual antes de vir a ser e que ela estava junto de nós, com o fim de estender-nos mãos amigas”. Assim, através do médium Chico Xavier, o Espírito da jovem senhora Laura Maria Machado Pinto narra em mensagem ao marido os dramáticos momentos que se seguiram à colisão seguida de incêndio do veículo em que se encontrava com as filhas, uma amiga e o pai desta, na enluarada noite de 22 de julho de 1982, na altura do quilometro 12 da Rodovia Cândido Portinari. Tal carta inserida no livro CONTINUIDADE (ideal), se soma a inúmeras outras de centenas de remetentes que se serviram de Chico para confirmar aos familiares sua sobrevivência e a presença do resgate espiritual no local do acidente. A visão que nos oferece o Espiritismo sobre as origens desses eventos comoventes, remete-nos sempre à Lei de Causa e Efeito. Não vivemos numa Dimensão de coincidências fatídicas, de casualidades, mas de causalidade. Numa outra carta, escrita perante numeroso público nas dependências do Grupo Espírita da Prece, na noite/madrugada de 15 de setembro de 1984, nove meses depois do acidente de que foi vitima fatal e sete após ter psicografado a primeira mensagem, inserida no livro GRATIDÃO E PAZ (ide), o jovem Luiz Roberto Estuqui Junior, de São José do Rio Preto (SP), comenta com os pais que seu tio Joãzinho (João Fausto Estuqui), desencarnado em 1976, em acidente aéreo na região de Votuporanga(SP), respondendo perquirições  por ele feitas sobre o “por quê?” da interrupção de suas vidas tão precocemente, disse: “-Por amigos daqui, vim a saber que milhões de pessoas estão passando pela desencarnação no tempo áureo da existência, porque nos achamos numa fase de muitas mudanças na Terra. E aqueles Espíritos, retardatários em caminho, quando induzidos a considerar a extensão das próprias dívidas, aceitam a prova da desencarnação mais cedo do que o tempo razoável para a partida, e são atendidos com a separação de pais e afetos outros, no período em que mais desejariam continuar vivendo, em razão do tempo que perderam com frivolidades nas vidas que usufruíram. São muitos os companheiros que se retiraram da Terra, compulsoriamente, das comodidades em que repousavam, de modo a rematarem o resgate de certos débitos que os obrigavam a sofrer no âmago da própria consciência”. Evidente que nem todas as mortes violentas podem ser creditadas a esses compromissos. O Livre Arbítrio continua a produzir “culpados” a todo instante. Mas, em O LIVRO DOS ESPÍRITOS, questão 738, respondendo a Kardec sobre a presença de inocentes nos flagelos destruidores, o Espírito da Verdade diz que “durante a vida, o homem relaciona tudo com o seu corpo, mas, depois da morte, ele pensa de outra forma e, como já o dissemos: a vida do corpo é pouca coisa. Um século do vosso mundo é um relâmpago na Eternidade (...). Os Espíritos, eis o mundo real, preexistentes e sobreviventes a tudo, são os filhos de Deus e o objeto de toda a sua solicitude; os corpos não são senão os trajes com os quais eles aparecem no mundo”, acrescentando, mais à frente: “-Se se considerasse a vida por aquilo que ela é, e o pouco que é com relação ao Infinito, se atribuiria menos importância a isso. Essas vítimas encontrarão, em uma outra existência, uma larga compensação aos seus sofrimentos, se elas sabem suportá-los sem murmurar”,  merecendo de Kardec a seguinte nota: “- Quer chegue a morte por uma flagelo ou por uma causa comum, não se pode escapar a ela quando soa a hora da partida: a única diferença é que com isso, no primeiro caso, parte um maior número de cada vez. Se pudéssemos nos elevar, pelo pensamento, de maneira a dominar a Humanidade e abrangê-la inteiramente; esses flagelos tão terríveis não nos pareceriam mais que tempestades passageiras no destino do mundo”. (CONHEÇA TAMBÉM A As outras duas PARTEs DESTE TEXTO)

domingo, 27 de janeiro de 2013

Pensamento e Saúde (2/3)


Em 1974, foi lançado no Brasil o livro EXPERIÊNCIAS PSÍQUICAS ALÉM DA CORTINA DE FERRO (cultrix), publicado quatro anos antes, nos Estados Unidos da América do Norte, relatando as descobertas das jornalistas Sheila Ostrander e Lynn Schroeder, em visita autorizada a vários Centros Universitários de Pesquisa da URSS-União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Temas segregados pelo véu do misticismo do lado Ocidental da Terra, lá, eram objeto de investigações dentro de metodologias que mostraram surpreendentes resultados. Experimentos que faziam antever uma revolucionária mudança em muitos conceitos vigentes haviam agitado a comunidade de cientistas daquela região do Planeta. Um deles, por exemplo, demonstrara que a distância de 640 quilômetros entre Moscou e Leningrado, não impedira a comunicação telepática entre dois homens, durante inúmeros testes realizados com eles. Evidenciava-se, assim, o acerto das ignoradas afirmações de Allan Kardec em vários de seus escritos sobre a transmissão do pensamento, a distâncias inimagináveis. Outro  a partir da descoberta pelo casal Valentina e Semion Kirlian, num palpite intuitivo, em 1939, da fotografia de alta frequência, popularizada, posteriormente, como fotografia Kirlian. As imagens obtidas, a princípio, revelaram uma espécie de luminescência ao redor de todos os corpos vivos, uma aura, depois definida como uma intensa e dinâmica irradiação, refletindo os sinais do estado interior dos organismos, no brilho, na opacidade e na cor dos clarões. Registraram imagens do desprendimento de energia das mãos de pessoas a quem se atribuía a possibilidade de curar outras. Concluíram mais tarde que doença, emoção, estado de espírito, pensamentos, cansaço, provocam uma impressão característica no padrão de energia que parece circular de contínuo pelo corpo humano.  Avançando nas observações, em 1968, três respeitados e renomados cientistas da Universidade do Cazaquistão, publicaram o resultado de seus trabalhos na obra A ESSÊNCIA BIOLÓGICA DO EFEITO KIRLIAN, afirmando que o corpo energético observado nas imagens obtidas, não é apenas formado por partículas, nem um sistema caótico. É por si mesmo, todo um organismo unificado. Todas as coisas vivas – plantas, animais e seres humanos -, possuem não só um corpo físico, constituído de átomos e moléculas, mas também um corpo energético equivalente, a que dão o nome de Corpo do Plasma Biológico, ou corpo bioplasmico. É polarizado e específico de cada organismo, de cada tecido e, possivelmente, de cada biomolécula, especificidade que determina a forma do organismo. O corpo etérico, ou corpo energético, e o corpo físico se interpenetram –  sendo o primeiro uma cópia do segundo. Por ocasião da morte emergimos simplesmente do nosso involucro de carne e continuamos a viver como corpo energético”. As jornalistas, viram ainda fotos  evidenciando que “embora se corte parte do corpo físico de um Ser vivo, o corpo bioplásmico subsiste, inteiro e claramente visível, num campo de alta frequência. Quando o corpo energético desaparece, a planta ou o animal morre, demonstrando uma relação rigorosa entre o corpo físico e o corpo energético”. Os pesquisadores perceberam ainda que, “ao que tudo indica, a respiração carrega o corpo bioplásmico, renova as reservas de energia vital e ajuda a regularizar os padrões energéticos perturbados”. Embora não se tenha maiores informações sobre a aceitação ou aprofundamento dessas conclusões pelos estudiosos do Mundo Ocidental, o fato é que todas elas, ratificam as informações consideradas por Allan Kardec no que se refere à força do pensamentotransfusão de energia e  existência do corpo perispiritual .OUÇA O PROGRAMA DESCOBRINDO A REVISTA ESPIRITA, CLICANDO O LINK AO LADO E CONHEÇA OS FATOS QUE MARCARAM OS PRIMEIROS ANOS DO ESPIRITISMO 

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Pensamento e Saude


Em seu DISCURSO DO MÉTODO, o filósofo Renee Descartes com sua famosa afirmação “penso, logo existo”, dá a dimensão exata da importância do pensamento na busca do entendimento do Ser acerca de si mesmo. Allan Kardec, a partir do conteúdo derivado das revelações da Espiritualidade a propósito dos mecanismos estruturadores do Universo e de tudo que nele há, afirma: “-O pensamento é o atributo característico do Ser espiritual; é ele que distingue o Espírito da matéria; sem o pensamento o Espírito não seria Espírito”. Diz também que “o pensamento é uma força”. Atraves de Chico Xavier, o Espírito André Luiz revela que o pensamento “tem velocidade superior à da luz” e que o “princípio inteligente gastou cento e cinquenta milhões de séculos para conquistar a capacidade do pensamento contínuo”. Já o Espírito Emmanuel afirma que  pensamento é precedido do sentimento, ou seja, sentimos antes de pensar, visão de utilidade apenas didática, considerando que a interatividade entre ambos é incessante numa dinâmica em que sentindo/pensamos-pensando/sentimos, com repercussões reciprocas e reflexos ao nosso redor. Na busca pela evolução espiritual, o Espírito, se serve das reencarnações em nossa Dimensão, necessitando do corpo espiritual ou períspirito, em cujo conhecimento, como concluiu Allan Kardec, está a chave de inúmeros problemas até hoje insolúveis. Trata-se de um veículo de manifestação renovável, que, por desconhecimento, a maioria dos estudiosos circunscrevem apenas à “miniaturização” ou “redução perispiritual”, nas fases que antecedem a reintrodução no processo de renascimento em novo corpo físico. Chico Xavier, porém, na obra IMAGENS NO ALÉM, de Heigorina Cunha (ide, 1984), nos deixou importante comentário que encontra respaldo na obra EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS (feb,1959), onde, no capítulo doze, o Espírito André Luiz afirma: “Nesse período (preparativos para reencarnar), afirmamos habitualmente que o desencarnado perdeu seu corpo espiritual”;  resultando em “forma que, segundo nossa maneira atual de percepção, expressa o corpo mental da individualidade” e, mais à frente, plasma-se-lhe, desse modo, com a nova forma carnal, novo veículo ao Espírito, que se refaz ou se reconstitui em formação recente, entretecido de células sutis, veículo este que evoluirá igualmente depois do berço e que persistirá depois do túmulo”. No comando de tudo, o Espírito que, através do pensamento, impregnado/revestido dos fluidos peculiares do emissor, vai moldando o corpo espiritual, que, por sua vez, modela o novo corpo físico, se servindo das matrizes celulares masculinas e femininas, heranças genéticas que o identificará na jornada a ser iniciada em nosso Plano. No automatismo que preside esse mecanismo pela própria vibração que o caracteriza, o Espírito se sintoniza com o espermatozoide que carrega o projeto ideal para as experiências a serem vivenciadas no Plano Físico, seja nas predisposições mentais ou físicas resultantes das desarmonias decorrentes das atitudes assumidas em outras existências ou orientadas por Espíritos incumbidos de auxiliá-lo a vencer as lutas consigo mesmo. Distúrbios mentais, órgãos ou sistemas vulneráveis, são alguns dos efeitos convertidos em restrições a uma vida corpórea isenta de problemas. O agente responsável por essa interatividade é o pensamento que vai provocando inevitáveis reações ante os desafios que se lhe apresentam.  No resumo que apresenta sobre a Doutrina de Sócrates e Platão, na Introdução d’ O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec inclui o seguinte comentário dos notáveis Filósofos e pensadores: “- Se os médicos fracassam na maior parte das doenças, é porque tratam do corpo sem a alma, e porque, se o todo não se encontra em bom estado, é impossível que a parte esteja bem”, comentando na sequência: “-O Espiritismo oferece a chave das relações entre a alma e o corpo, e prova que existe incessante reação de um sobre o outro. Ele abre, assim, novo caminho à Ciência: mostrando-lhe a verdadeira causa de certas afecções, dá-lhe o meio de combatê-las. Quando ela levar em conta a ação do elemento espiritual na economia orgânica, fracassará menos”. Agora, além de assistir os vídeos da SÉRIE INFORMAÇÃO ESPÍRITA e ouvir os programas já apresentados da série CINCO MINUTOS COM VOCÊ, pode conhecer DESCOBRINDO A REVISTA ESPÍRITA, quadro do programa MANHÃ BOA NOVA, da rádio Boa Nova. Basta clicar no LINK correspondente indicado na coluna à direita.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

O Magnetismo Perante a Academia



Entre os artigos publicados por Allan Kardec na REVISTA ESPÍRITA, de janeiro de 1860, há um intitulado O Magnetismo Perante a Academia, em que escreve, de forma bastante original, sobre a forma como, após vinte anos de espera, o Magnetismo,  disfarçado de Hipnotismo, conseguiu ser considerado pela Academia de Ciências francesa. De forma até bem humorada, revela-o como filho do primeiro, este, por sinal, “proscrito do Olimpo grego, porque tinha ferido os privilégios de Esculápio e marchado ao seu lado, gabando-se do poder de curar sem o seu concurso”. Antevê o fracasso da nova tentativa do Magnetismo, através do Hipnotismo, de ser aceito pelos homens da Ciência pela predominância das ideias materialista, ponderando que “vão dizer qualquer coisa, mas que, seguramente, não é Magnetismo”, embora viessem a examinar “o fato de todas as maneiras, ainda que por mera curiosidade”. Demonstrando a origem de seu ceticismo, reproduz um artigo – considerado por ele como notável -, assinado por Victor Meunier, destacado da revista científica SIÉCLE, de 16 de dezembro de 1859. Nele, o autor comenta: “-O Magnetismo animal, conduzido à Academia pelo Dr Paul Broca, apresentado à ilustre companhia pelo sr. Velpeau, experimentado por vários cirurgiões de hospitais, é a grande novidade do dia. As descobertas como os livros, tem o seu destino. A de que vamos tratar não é nova. Data de uns vinte anos, e nem na Inglaterra, onde nasceu, nem na França, onde, no momento, não se ocupa de outra coisa, lhe faltou publicidade. Um médico escocês, o Dr Braid, a descobriu e lhe consagrou um livro: “Neuropnologia ou o fundamento do sono nervoso, considerado em relação com o magnetismo animal”. Um celebre médico inglês, o Dr Carpenter, analisou detidamente a descoberta do Dr Braid no artigo SONO da Enciclopédia de Anatomia e Fisiologia. Um ilustre cientista francês, o Dr Littré, reproduziu a análise do Dr Mueler. Enfim, nós mesmos consagramos um dos nossos folhetins da Presse, de 7/7/1852 ao Hipnotismo, nome dado pelo Dr Braid ao conjunto de fatos de que se trata. A mais recente das publicações relativas ao assunto data, pois, de sete anos. E eis que, quando o julgavam esquecido, ele adquire esta imensa repercussão. Há no Hipnotismo duas coisas: um conjunto de fenômenos nervosos, e o processo por meio do qual são produzidos. O processo empregado outrora, se não me engano, pelo Abade Faria, é de grande simplicidade. Consiste em manter um objeto brilhante em frente aos olhos da pessoa com a qual se experimenta, a pequena distância da raiz do nariz, de modo que só o possa olhar enviesando os olhos para dentro; ela deve fixar os olhos sobre ele. A princípio as pupilas se contraem, depois se dilatam bastante e, em poucos instantes, produz-se o estado cataléptico. Levantando-se os membros do paciente, estes conservam a posição que se lhes dá. É apenas um dos fenômenos produzidos; dos outros falaremos oportunamente”. O autor descreve experiências visando assegurar-se da realidade do Hipnotismo e se a insensibilidade hipnótica resistiria à prova das operações cirúrgicas. Constatadas essas evidências, destaca a necessidade de aprofundamento das pesquisas sobre as causas dos efeitos observados:1- Exaltação da sensibilidade – o olfato é levado a um grau de sensibilidade pelo menos igual ao que se observa nos animais de menor olfato. 2- Sentimentos sugeridos - pondo-se o rosto, o corpo ou os membros do paciente na atitude que convém à expressão de um sentimento particular e logo se desperta o estado mental correspondente. 3- Ideias provocadas – Levantem-se a mão do paciente acima da cabeça, dobrem-se os dedos sobre a palma, e é suscitada a ideia de subir, de se balançar ou puxar uma corda. 4- Acréscimo de força muscular – Se se quiser suscitar uma força extraordinária num grupo de músculos, basta sugerir ao paciente a ideia da ação que reclama essa força e lhe assegurar que o pode realizar com a maior facilidade, caso queira”. Concluindo sua matéria, Allan Kardec diz: “- Aos fatos a palavra; as reflexões virão depois”. O tempo, contudo, consagrou o acerto do prognóstico sobre a vitória do materialismo e sua visão organicista da vida humana.  OUÇA OS QUADROS DA SÉRIE DESCOBRINDO A REVISTA ESPÍRITA JÁ APRESENTADOS NO PROGRAMA MANHÃ BOA NOVA, RADIO BOA NOVA, CLICANDO O LINK INDICADO NA COLUNA AO LADO.    

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Bem Junto de Nós



A certa distância, surgia a Terra, não na forma esférica, porque nos achávamos não longe da Crosta, mas como paisagem além, a interpenetrar-se nas extensas regiões espirituais. O Sol resplandecia, rumo ao poente, como enorme lâmpada de ouro (...). Indiferentes à nossa presença, os transeuntes passavam apressados, de mente chumbada aos problemas de ordem material. Buzinavam ônibus repletos(...). No longo percurso, através de ruas movimentadas, surpreendia-me, sobremaneira, por se me depararem quadros totalmente novos. Identificava, agora, a presença de muitos desencarnados de ordem inferior, seguindo os passos de transeuntes vários, ou colados a eles, em abraço singular. Muitos dependuravam-se a veículos, contemplavam-nos outros, das sacadas distantes. Alguns, em grupos, vagavam pelas ruas, formando verdadeiras nuvens escuras que houvessem baixado repentinamente ao solo. Assustei-me. Não havia anotado tais ocorrências nas excursões anteriores ao círculo carnal (...). Não dissilumalava, entretanto, minha surpresa. As sombras sucediam-se umas às outras e posso assegurar que o número de entidades inferiores, invisíveis ao homem comum, não era menor, nas ruas, ao de pessoas encarnadas, em contínuo vaivém(...). Receios imprevistos instalavam-se-me nalma, desagradáveis choques íntimos assaltavam-me o coração, sem que lhes pudesse localizar a procedência. Tinha a impressão nítida de havermos mergulhado num oceano de vibrações muito diferentes, onde respirávamos com certa dificuldade”. O relato pertence ao Espírito André Luiz e descreve no livro OS MENSAGEIROS (feb,1944), sua primeira incursão em nossa Dimensão com fins de observação e aprendizado. Propicia-nos uma ideia da intensa influência do Plano dos desencarnados sobre todos nós, momentânea e circunstancialmente encarnados. Como revelado a Allan Kardec e, ele a nós, n’ O LIVROS DOS ESPÍRITOS. Mais informações interessantes nos fornece o médico Waldo Vieira que no período 1959/1966, desenvolveu profícuas atividades no campo da mediunidade na cidade de Uberaba (MG), construindo importantes obras juntamente com Chico Xavier. Em 1980, após anos de silenciosa ausência, ressurgiu com a publicação do livro PROJEÇÕES DA CONSCIÊNCIA – diário de experiência fora do corpo físico (lake), com que lançava as bases da PROJECIOLOGIA, técnica da pratica de desprendimentos do corpo físico com lucidez. Mais de 60 experiências efetuadas ao longo de um semestre são relatadas, mostrando a interatividade entre os diferentes Planos Existenciais.  Destacamos um que exemplifica como é forte a presença espiritual em nossas vidas. Relata ele: “- 28/11/79, quarta-feira(..). O Espírito José Grosso avisou-me categoricamente que haveria uma projeção consciente relatável assim que me deitasse(...). Ao deixar o corpo físico, a minha consciência despertou de imediato junto de uma entidade desencarnada que informou que iríamos dar um giro aqui no Rio mesmo. Em momentos, deixávamos o edifício do apartamento e saiamos observando as ocorrências na rua e no trânsito. Estava ainda claro. Pela primeira vez percebi diversos espíritos desencarnados andando nos carros junto com os encarnados, perto do motorista, inclusive num posto de gasolina e dentro de um bugre com jovem casal dentro. Alguns encarnados transitavam acompanhados por um ou mais Espíritos desencarnados intimamente relacionados, formando na verdade “pessoas conjugadas” nos processos visíveis de obsessão. Um rapaz falava alto dentro de um automóvel aberto, impulsionado por uma entidade aderida à ele. Impressionante assistir ao fenômeno da influenciação às claras, friamente, sem quaisquer subterfúgios ou envolvimento da matéria. Meu Deus, como as pessoas podem ser influencidas. Que coisa inverossímil! Isso é pior do que sempre pensei. O obsessor é um verdadeiro dreno vibratório. Incrível o fato, só vendo a interrelação “interpessoal”, justaposição perfeita ou imantação da entidade humana e da desencarnada. Um verdadeiro assalto corpo-a-corpo, vivo e atuante, fazendo lembrar a coexistência ou coincidência existente entre o psicossoma do encarnado e o seu próprio físico. Não sei se foi a possibilidade de visualização ampliada fora do físico, mas estava distinguindo tudo entre as duas criaturas ‘soldadas’ uma na outra. Na psicosfera do rapaz, o desencarnado era um homem de meia idade alimentando-se com a mente desprotegida do jovem encarnado dos seus 25 anos, louro, forte, espadaúdo, queimado de praia, falando, ou sendo ‘falado’ pelos pensamentos inoculados, em altos gritos e gesticulando muito com os braços erguidos nas brincadeiras aparentemente naturais com os amigos em outros carros, ao ar livre. Até que ponto haveria a influência dos tóxicos nesse caso de obsessão? Dali deslizamos para outros locais, e muitas minúcias associadas à projeção(...) foram prejudicadas na minha memória, pela poderosa reação emocional causada pelo fato de presenciar o processo íntimo da obsessão declarada em plena atividade”.   NOVIDADEAGORA, VOCÊ QUE NÃO OUVIU O QUADRO DESCOBRINDO A REVISTA ESPÍRITA APRESENTADO PELO PROGRAMA "MANHÃ BOA NOVA", DA RÁDIO BOA NOVA, PODERÁ FAZÊ-LO CLICANDO O LINK  SUGERIDO LOGO ABAIXO DA INFORMAÇÃO SOBRE OS PROGRAMAS JÁ APRESENTADOS DA SÉRIE DESCOBRINDO A REVISTA ESPÍRITA, REUNINDO PARTE DA HISTÓRIA DOS PRIMEIROS ANOS DO ESPIRITISMO CONTADA PELO PRÓPRIO ALLAN KARDEC

sábado, 19 de janeiro de 2013

O Juiz/Poeta e a Lei de Causa e Efeito


Sobre ele pouco se sabe, a não ser que era do Ceará, onde, em diferentes localidades, teria exercido o cargo de Juiz; publicado, em 1924, um livro com suas criações poéticas, intitulado ESCADA DE JACÓ, não se tendo notícia que tenha conhecido o Espiritismo enquanto encarnado. De volta ao Plano Espiritual, nos processos de aprendizado possíveis ao seu nível evolutivo, aprofundou-se no estudo da Justiça Divina, mais especificamente a Lei de Causa e Efeito. Nas décadas de 60 e 70, serviu-se do médium Chico Xavier para oferecer-nos em doze poesias, os resultados de suas pesquisas, revelando em versos belíssimos a situação de muitos Espíritos com os quais se envolveu em múltiplas encarnações anteriores à terminada no século 20. Seu nome Epiphanio Leite e, atendendo às limitações de espaço, exporemos parte de seu trabalho apresentando os Efeitos de agora, seguido da Causa determinante de outrora. O primeiro deles, por sinal, sobre um Espírito que lhe fora filho em vida passada.   CASO 1 – Efeito: homem cego e surdo vivendo de esmolas obtidas na mendicância Causa:  Existência em que, embora exortado a amar, construir e ensinar, armou-se de ouro e lança, transformando o mando em presença assassina, deixando uma trilha de fogo nas vidas e regiões por onde passou (Meu Filho)   CASO 2Efeito: mulher, vivendo em extrema penúria entre humildes choupanas, trazendo nos braços um filhinho sem fala, mutilado ao nascer Causa:  Existência em que, mulher ligada à nobreza, induz jovem por ela apaixonado ao suicídio durante festa que promovia em sala de seu castelo (Santa Maternidade)   CASO 3Efeito: Homem confinado a hospício em função da insanidade mental Causa: Soberano que, em excursões bizarras, ordena invasões, ferindo, vencendo, dominando e deixando um rastro de dor, castelos em ruínas, agonia e pavor (Renascença da Alma)    CASO 4 - Efeito: Mulher insana mentalmente vivendo na mendicância, carregando um boneco nos braços, o que lhe valeu a alcunha de Maria Boneca  Causa: Dama da nobreza que na ânsia de continuar a desfrutar dos prazeres da vida, três séculos antes, livra-se do filho consanguíneo, atira-o à fossa do castelo em que vivia (Maria Boneca)    CASO 5 Efeito: Mulher, anônima e solitária, presa à prova da hanseníase, confinada em Hospital/Colônia para Leprosos  Causa: Existência em que na condição de conhecida rainha europeia, quatrocentos anos antes, cria dominações, ordena, expandindo penúria e lágrimas, enquanto suas arcas repletavam-se. ( Fim de Prova)   CASO 6Efeito: menino morador de aldeia remota, em corpo limitado pela idiotia e a mudez. Causa: intelectual que, pela palavra falada e escrita, na última década do século 18, espalhou ateísmo e violência, suscitando rebeldia e delinquência (Gênio Enfermo)  CASO 7Efeito: Morador de rua, vivendo da caridade alheia, preso ao estigma da hanseníase  Causa: Existência há quatro séculos, em que, à custa de mortes, destruição, violência, conquista o poder, tornando-se, por fim, chefe e Rei, pouco antes de morrer (Dor Bendita)      CASO 8Efeito: Mulher carregando a dura prova da cegueira, obcecada por encontrar a origem de sua limitação nos estudos reencarnacionistas. Causa: Soberana feudal que, seiscentos anos antes, através de hordas assassinas espalhou fogo e lama, oprimindo o povo dominado (Cegueira)   CASO  9Efeito: Mulher cumprindo o papel da maternidade, triste, entre penúria e pó, chagas, sombras, ruínas  Causa: Existência em que, há quatro séculos, exercendo o poder, amada e desumana, destrói lares, gasta a vida insana, humilhando os homens que avassalava (Prova e Libertação)   CASO 10Efeito: Homem, morador de rua, enfermo, relegado à via pública, sobrevivendo da caridade alheia Causa: Existência seiscentos anos antes em que, de conquista em conquista, abusa do amor, arrastando filhas, esposas, mães, seduzidas egoisticamente (Mendigo)   CASO 11Efeito: Mulher enferma, vivendo da mendicância em praça pública Causa: Existência no século 19, em que exibindo riqueza e beleza perturbadora, por ciúmes de alguém, mata a própria filha preservando os domínios do prazer em que se comprazia. Os livros em que podem ser consultados os documentos aqui citados, são respectivamente LUZ NO LAR (feb,1968); POETAS REDIVIVOS (feb,1969); CAMINHOS DE VOLTA (geem, 1975) e ALGO MAIS (ideal, 1979).

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Abraham Lincoln e o seu Matador


Poucos dias após a posse no início de 1865, para um segundo mandato, Abraham Lincoln, eleito para ser o decimo sexto presidente norte-americano, morreu aos 56 anos, atingido por um tiro na cabeça desferido por um inimigo politico, enquanto assistia a uma peça de teatro. Unificador dos Estados do Norte e do Sul, libertador dos escravos, Lincoln, nascido no Kentucky, de origem humilde, depois de abandonar as rudes tarefas na fazenda do pai aos 21 anos, fixou-se em New Salem, ali vivendo por cinco anos, trabalhando como empregado de fábrica, caixeiro de armazém, agente de correios, até mudar-se para Springfield, onde passou a trabalhar como advogado entrando definitivamente para a politica, que o conduziu ao primeiro mandato de Presidente em 1861. Antevira em sonho premonitório vivido dias antes, seu próprio assassinato. Lincoln e a esposa participaram também de várias sessões com a médium Nettie Colburn Maynard, conforme relatos publicados por ela em 1891, mais tarde recuperados e traduzidos para o português pelo erudito Wallace Leal Rodrigues e publicados sob o título SESSÕES ESPÍRITAS NA CASA BRANCA (clarim). A morte do grande estadista repercutiu no mundo todo, gravando seu nome na História como um exemplo de politico íntegro e honesto. Dois anos depois, Allan Kardec na edição de março de 1867, da REVISTA ESPÍRITA, publicava uma matéria extraída do BANNER OF LIGHT, de Boston, EUA, que, por sua vez, veiculou a análise de uma comunicação de Abraham Lincoln, por um médium chamado Ravenswood. Pelo que se confirma no seu conteúdo, títulos ou posições ocupados na nossa Dimensão, não fazem nenhuma diferença na transição dela para o Plano Espiritual em consequência da morte física. Vamos ao texto: “-Quando Lincoln voltou de seu atordoamento e despertou no Mundo dos Espíritos, ficou surpreendido e perturbado, porque não tinha a menor ideia de que estivesse morto. O tiro que o feriu suspendeu instantaneamente toda sensação e não compreendeu o que lhe havia acontecido. Esta confusão e essa perturbação, contudo, não duraram muito. Ele era bastante espiritualista para compreender o que é a morte e, como muitos outros,  não ficou admirado da nova existência para a qual foi transportado. Viu-se cercado por muitas pessoas que sabia de há muito tempo mortas e logo soube a causa de sua morte. Foi recebido cordialmente por muita gente por quem tinha simpatia. Compreendeu sua afeição por ele e, num olhar, pôde abarcar o mundo feliz no qual tinha entrado. No mesmo instante experimentou um sentimento de angústia pela dor que devia experimentar sua família, e uma grande ansiedade a propósito das consequências que sua morte poderia ter para o País. Seus pensamentos o trouxeram violentamente à Terra. Tendo sabido que William Booth estava mortalmente ferido, veio a ele e curvou-se sobre o seu leito de morte. Nesse momento Lincoln tinha recuperado a perfeita consciência e a tranquilidade de Espírito, e esperou com calma o despertar de Booth para a Vida Espiritual. Booth não ficou espantado ao despertar, porque esperava sua morte. O primeiro Espírito que encontrou foi Lincoln; olhou-o com muita afoiteza, como se se glorificasse do ato que havia praticado. O sentimento de Lincoln a seu respeito, entretanto, não alimentava nenhuma ideia de vingança, muito ao contrário; mostrava-se suave e bom e sem a menor animosidade. Booth não pode suportar este estado de coisas, e o deixou cheio de emoção. O ato que cometeu teve vários motivos; primeiro, sua falta de raciocínio, que lho fazia considerar como meritório e, depois, seu amor desregrado aos elogios que o tinham persuadido que seria cumulado deles e olhado como mártir. Depois de ter vagado, sentiu-se de novo atraído  para Lincoln. Às vezes, enchia-se de arrependimento, outras seu orgulho o impedia de emendar-se. Entretanto compreendia quanto seu orgulho era vão, sabendo, sobretudo, que não pode ocultar como em vida, nenhum dos sentimentos que o agitam, e que seus pensamentos de orgulho, vergonha ou remorso são conhecidos pelos que o rodeiam. Sempre em presença de sua vítima e não recebendo dela senão sinais de bondade, eis o seu estado atual e sua punição”. Comentando essas informações Kardec acrescenta: “-A situação destes dois Espíritos é, em todos os pontos, conforme aquela que diariamente vemos exemplos nos relatos de além-túmulo. É perfeitamente racional e está em relação com o caráter dos dois indivíduos”.


terça-feira, 15 de janeiro de 2013

QUEM FOI (11) - a primeira mensagem


“-Afirmou-me que prosseguia trabalhando ativamente em organizações espirita-cristãs do Plano Superior e que nós, os espíritas, carregamos enormes responsabilidades nos ombros, porque recebemos o conhecimento libertador de que as Leis de Deus funcionam na consciência de cada um. Acrescentou que somos tão beneficiados no Plano Físico pelos princípios espíritas evangélicos e por isso mesmo tão agraciados pela Misericórdia de Deus que, até a época em que conversava comigo, pela primeira vez, não havia visto, dentre os companheiros já desencarnados com os quais convivia, um só que não se queixasse de condições deficitárias para com a Doutrina Espírita”. O depoimento pertence a Chico Xavier referindo-se ao advogado, professor e escritor paulista Romeu de Amaral Camargo com quem trocou algumas cartas ao tempo em que o médium residia em Pedro Leopoldo (MG). Católico de nascimento, converteu-se ao Protestantismo aos 19 anos, ordenando-se Diácono em 1913, servindo à escola religiosa por 22 anos, até que, em 1923, conheceu as obras de Allan Kardec, as quais lhe esclareceram lógica e racionalmente pontos a ele obscuros no entendimento das palavras de Jesus. Em 1925 aos 43 anos, retirou-se, em definitivo, das atividades protestantes, publicando na Revista REFORMADOR, artigo intitulado AOS PÉS DO MESTRE, respondendo a outro, escrito sobre sua “conversão” por um amigo e pastor evangélico na revista Estandarte, órgão da Igreja Presbiteriana Independente. Escreveria quatro obras notáveis, vibrantes defesas do Espiritismo, além de tornar-se entusiasmado pregador doutrinário no seu aspecto moral-evangélico. Intensa também  foi sua atuação em vários veículos de difusão do Espiritismo e  órgãos diretivos do movimento existente em torno de seus princípios. Em 1937, onze anos antes de desencarnar, o Espírito Emmanuel, através do lápis de Chico Xavier, escreveu-lhe: “-Continue na sua bela missão de levar a luz espiritual do Evangelho pelos caminhos ensombrados da Terra”. Desencarnado trabalhando às 19:45 horas, de dezembro de 1948, na capital paulista, voltaria pelas mãos de Chico Xavier, tempos depois, cumprindo promessa a ele feita em carta que, “na hipótese de antecedê-lo na desencarnação, se possível, escreveria por seu intermédio”. Na carta, transformada em capítulo do livro FALANDO À TERRA (feb), diz: “- Por mais afeito esteja o aprendiz da Revelação Nova aos enunciados da fé que o reconforta e educa para a grande transição, a morte é sempre um caminho surpreendente”. Recuperando impressões sobre registros que lhe assinalaram os momentos iniciais da chamada desencarnação, conta: “-Por muito que nos disponhamos a encarar, face a face, as realidades da morte, atravessamos os pórticos da vida nova, de coração aos pulos e a passos vacilantes. A paisagem dos mundos felizes e a residência dos eleitos ficam ainda muito distantes. A visão pormenorizada de toda a existência humana, no estado de liberdade de nosso corpo espiritual (...), começa por reintegrar-nos na posse de nós mesmos. Enquanto a caridade dos irmãos mais velhos nos auxilia a libertação da grade orgânica do mundo, a memória como que retira da câmara cerebral, às pressas, o conjunto das imagens que gravou em si mesma, durante a permanência na carne, a fim de incorporá-las, definitivamente, aos seus arquivos eternos (...). Assisti ao desenrolar de minha existência última, com todo o séquito de meus atos, palavras e pensamentos, como se a minha vida fosse uma película cinematográfica projetada, ao inverso, na tela de minha consciência. Tudo claro, eficiente e rápido. Atingido, porém, o instante em que reapareciam as horas da meninice, intraduzível turvação mental me absorveu o raciocínio...Debati-me inquieto, buscando clarear as minhas reminiscências e precisar-lhes os contornos; no entanto, incoercível vacuidade me assaltou o pensamento expectante e caí num repouso inconsciente e profundo, qual trabalhador fatigado, após longo dia de estafante labor. Quando acordei, convenci-me de haver reconquistado o equilíbrio total”. Não era bem assim pelo que detalha na sequência da longa descrição sobre sua reentrada na outra Dimensão, deixando-nos a seguinte ponderação: “-Saibam, destarte, que o corpo de sangue e ossos é simplesmente uma sombra de nossa entidade real e que todas as nossas virtudes ou vícios a nós se atrelam além da Terra; pelo que, de cada qual depende o caminho aberto ou o desfiladeiro sombrio na sublime romagem para a Luz”.


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domingo, 13 de janeiro de 2013

Pensamento e Consciência - Força Avassaladora


Elemento efetivo e esposa de um dos nossos companheiros, meses antes do recebimento da mensagem, revelava todos os sintomas de uma gravidez aparente e dolorosa, tendo sido tratada espontaneamente, em várias reuniões sucessivas, por um de nossos Benfeitores Espirituais que, carinhosamente, a libertou, através de passes magnéticos, das estranhas impressões de que se via possuída”. Com esse comentário, Arnaldo Rocha precede a mensagem recebida psicofonicamente através do médium Chico Xavier de um Espírito identificado apenas pelas iniciais J.P. que, para grande surpresa de todos do grupo souberam “ser o candidato ao referido renascimento que não chegou a positivar-se”. Narrando sua desventura, identifica-se como morador proeminente na cidade de Vassouras,(MG), convidado em março de 1888, a participar de expressiva reunião na Câmara Municipal da localidade, para discutir "medidas compatíveis com a campanha abolicionista, então na culminância”. Admitindo que “o negro havia nascido para o eito”, defensor da escravatura irrestrita, encolerizado, ergueu a voz, contrário à concessões ou transações, aderindo ao movimento contrário à proposta havida, ganhou a causa da intolerância com os adeptos da violência e da crueldade. De volta ao lar, descobriu que a inspiração da proposta havida, partira inicialmente de um servo de sua casa, Ricardo, “a quem presumia dedicar melhor afeição”. Descrito como companheiro, confidente, amigo, reconhecia  no cativo, inteligência invulgar, hábil tradutor do francês, com quem comentava notícias da Europa, as intrigas da Corte, o escrivão predileto de seus comentários, orientador nos problemas graves e irmão nas horas difíceis. Admite, contudo que sua amizade “não passava de egoísmo implacável. Admirava-lhe as qualidades inatas e aproveitava-lhe o concurso, como quem se reconhece dono de um animal raro e queria-o como se não passasse de mera propriedade”.  Enraivecido e disposto a castigá-lo, determinou sua imediata prisão, e, ante a resignação, dignidade e calma, explicando-se imperturbável e sereno, atiçou-se-lhe a ira, golpeando seu orgulho, o que o fez ordenar  a converter a prisão no tronco  em suplício. “Aos gritos, desesperado, assemelhando-se a fera a cair sobre a presa, reuni minha  gente e as pancadas, dilaceraram seu dorso nu, sob meus olhos impassíveis”. O sangue do companheiro jorrou, abundantemente, sem que ele se exasperasse e, humilhado, à face daquela resistência tranquila, induzi o capataz a massacrar- lhe as mãos e pés. Recomendação cumprida, porque o sangue borbotasse sem peias, foram desatados os grilhões. Na agonia, “aquele homem que parecia guardar no peito um coração diferente, ainda teve forças para arrastar-se, nas vascas da morte, e, endereçando-me inesquecível olhar, inclinou-se à maneira de um cão agonizante e beijou-me os pés”. O tempo cumpre seu papel e, anos depois, a morte requisita-lhe o corpo pelas Leis da Vida. Recordando os desdobramentos havidos, diz: “-Não acredito estejais em condições de compreender o martírio de um Espírito que abandona a Terra, na posição em que a deixei (...). Não encontrei no imo do meu Ser, senão austero tribunal, como que instalado dentro de mim mesmo, funcionando em ativo julgamento que me parecia nunca terminar (...). Perdi a noção do tempo, transformado numa eternidade de aflição (...) Em dado instante, na treva em que me debatia, a voz de Ricardo se fez ouvir aos meus pés: -Meu filho!...meu filho!... Num prodígio de memória, em vago relâmpago que luziu na escuridão de minhalma, recordei cenas que haviam ficado a distância, quadros que a carne da Terra havia conseguido transitoriamente apagar... Com emoção indefinível, vi-me de novo nos braços de Ricardo, nele identificando meu próprio pai...meu próprio pai que eu algemara cruelmente ao poste de martírio e a cuja flagelação  assistira, insensível, até o fim... Não posso entender os sentimentos contraditórios que então me dominaram... Envergonhado, em vão tentei fugir de mim mesmo. Em desabalada carreira, desprendi-me dos braços carinhosos que me enlaçavam e busquei a sombra, qual o morcego que se compraz tão somente com a noite, a fim de chorar o remorso que meu pai, meu amigo, meu escravo e minha vítima não poderia compreender... No entanto, como se a Justiça, naquele momento, houvesse acabado de lavrar contra mim a merecida sentença condenatória, após tantos anos de inquietação, reconheci, assombrado, que meus pés e minhas mãos estavam retorcidos...Procurei levantar-me e não consegui. A Justiça vencera”.   VOCÊ SABE O QUE REVELA O ESPIRITISMO SOBRE AS DEPENDÊNCIAS QUIMICAS ALÉM DA VIDA? CLIQUE NO LINK ABAIXO E  FIQUE POR DENTRO!...

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

O Que os Historiadores Não Contam


A Historia oficial dos líderes, povos, países, governantes, ao longo de grande parte da evolução da Humanidade, foi sempre escrita sob encomenda, registrando dados e passagens que nem sempre expressam os fatos integralmente. Num país, por exemplo, apenas as ocorrências desenroladas no centro do poder, envolvendo personagens mais diretamente a ele ligados, são preservados. O que acontece no interior, raramente é contado. O Antigo Testamento, em vários de seus escritos, mostra a dependência de Reis, Faraós e Soberanos de oráculos e pitonisas que lhes decifravam sonhos, pressentimentos ou até mesmo a influência dos Astros, diante de decisões a serem tomadas. O tempo foi, aparentemente, afastando uns e outros, minimizando essa influência. Allan Kardec na edição de março de 1864 da REVISTA ESPIRITA, incluiu interessante matéria intitulada UMA RAINHA MÉDIUM, construída a partir de notícias veiculadas em vários jornais da época como Opinion Nationale e Siècle, veiculados em 22 de fevereiro do mesmo ano. Tais escritos fazem referência à fatos envolvendo a Rainha Vitória, que durante sessenta e quatro anos esteve à frente do trono da Inglaterra. Ela, cujo nome completo era Alexandrina Vitória Regina, era erudita, amante das letras, apreciava as artes, tocava piano e praticava a pintura. Marcou a historia daquele país de tal forma que seu reinado é denominado Era Vitoriana, por uma série de ações na área sócia,l como a abolição da escravatura no Império Britânico; redução da jornada de trabalho para dez horas; instalação do direito ao voto para todos os trabalhadores; expansão das Colônias; grande ascensão da burguesia industrial, entre outros feitos. Assumindo o trono aos 18 anos, teve nove filhos com o primo e Príncipe Alberto, com quem, por um amor profundo, casou aos 21. Enviuvou aos 42 anos, conservando luto até sua morte, quatro décadas depois. Comentando a citada notícia, diz Kardec: “Uma carta de pessoa bem informada revela que, recentemente, num conselho privado, onde fora discutida a questão dinamarquesa, a Rainha Vitória declarou que nada faria sem consultar o príncipe Alberto( morrera em 1861). E com efeito, tendo-se retirado por um pouco para seu gabinete, voltou dizendo que o “príncipe se pronunciava contra guerra. Esse fato e outros semelhantes transpiraram e originaram a ideia de que seria oportuno estabelecer uma regência”. Seguindo, o Codificador acrescenta: “-Tínhamos razão ao escrever que o Espiritismo tem adeptos até nos degraus dos tronos. Poderíamos ter dito: até nos tronos. Vê-se, porém, que os próprios soberanos não escapam à qualificação dada aos que acreditam nas comunicações de Além-túmulo(...). O Journal de Poitiers, que relata o mesmo caso, o acompanha desta reflexão: Cair assim no domínio dos Espíritos não é abandonar o das únicas realidades que tem de conduzir o mundo?”. Até certo ponto concordamos com a opinião do jornal, mas de outro ponto de vista. Para ele os Espíritos não são realidades, porque, segundo certas pessoas, só há realidade no que se vê e se toca. Ora, assim, Deus não seria uma realidade e, contudo, quem ousaria dizer que ele não conduz o mundo? Que não há acontecimentos providenciais para levar a um determinado resultado? Então, os Espíritos são instrumentos de sua vontade; inspiram os homens, solicitam-nos, mau grado seu, a fazer isto ou aquilo, a agir neste sentido e não naquele, e isto tanto nas grandes resoluções quanto nas circunstâncias da vida privada. Assim, a esse respeito, não somos da opinião do jornal. Se os Espíritos inspiram de maneira oculta, é para deixar ao homem o livre-arbítrio e a responsabilidade de seus atos. Se receber inspiração de um mau Espírito, pode estar certo de receber, ao mesmo tempo, a de um bom, pois Deus jamais deixa o homem sem defesa contra as más sugestões. Cabe-lhe pesar e decidir conforme a sua consciência. Nas comunicações ostensivas, por via mediúnica, não deve mais o homem abnegar o seu livre-arbítrio: seria erro regular cegamente todos os passos e movimentos pelo conselho dos Espíritos, por que há os que ainda podem ter ideias e preconceitos da vida. Só os Espíritos Superiores disso estão isentos(...). Em princípio os Espíritos não nos vem conduzir; o objetivo de suas instruções é tornar-nos melhores, dar fé aos que não a tem e não o de nos poupar o trabalho de  pensar por nós mesmos”.  



terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Bastidores


Desde que Allan Kardec iniciou, através de vários médiuns, prospecções sobre a situação dos desencarnados entrevistados nas reuniões da Sociedade Espírita de Paris, os conhecimentos a respeito da realidade em meio à qual nos movemos e existimos, ampliaram-se muito. Na mesma medida em que cresceu nossa curiosidade sobre maiores detalhes da realidade espiritual. Dale Vale Owen, pastor presbiteriano inglês, na obra A VIDA ALÉM DO VÉU (feb,1917) e Francisco Cândido Xavier  servindo a Espíritos como Maria João de Deus, André Luiz, Irmão Jacob, dilatou-nos ainda mais essa visão. Nas reuniões de que participamos nos Centros Espíritas ouvimos referências sobre esse ou aquele detalhe do que acontece nos bastidores do Plano Invisível, garantindo os resultados registrados pelos frequentadores de maneira geral. Na postagem CURIOSIDADE SATISFEITA, “garimpamos” em mensagens do Espírito Efigênio Vitor, interessantes aspectos descritos no INSTRUÇÕES PSICOFÔNICAS (feb). Atraves de amigo da cidade de Nobres (MS), chegou-nos às mãos o livro NA SEARA DO BEM (1997, Didier), psicografado por Luis Antonio Ferraz, pelo Espírito Antonio Carlos Tonini.  Espírita, nos 40 anos em que esteve em nossa Dimensão, na cidade de Votuporanga e imediações, através de intensas atividades, valorizou as oportunidades e o tempo de que dispôs, com vigorosos e eloquentes exemplos de responsabilidade espiritual. Quase dez anos após ter desencarnado, reuniu na obra citada, seus apontamentos sobre como funciona do lado invisível um Centro Espírita padrão, respondendo algumas dúvidas comuns aos usuários dos serviços do mesmo. A instituição visitada certamente estrutura-se administrativamente nos moldes determinados pela legislação de nosso Plano, mantendo como atividades, a palestra pública, aplicação de passes, água fluidificada, caderno de vibrações, orientação e evangelização infantil. Garantindo a qualidade dos serviços oferecidos, o Plano Espiritual organiza-se em quatro Setores: Vigilância, Enfermagem, Esclarecimentos e Comunicação, contando com variados Recursos Humanos, distribuídos em equipes com diferentes especialidades, selecionados por um Coordenador Geral, tendo como critério a boa vontade, as disposições íntimas do candidato, além dos recursos adquiridos e tendências psicológicas. Do ponto de vista físico, diz ele, o edifício onde se instala o Centro, ultrapassa os limites por nós visíveis. Explica que “no ambiente da instituição há outro ambiente ‘interexistente’. Nele, por exemplo, o salão das reuniões públicas, amplia-se para além das paredes de alvenaria, com outro auditório a ele se acoplando, destinado a receber os Espíritos desencarnados assistidos. Um halo de luz protege o núcleo de serviços, bem como toda edificação, resultante das vibrações do ambiente cristalizadas a partir das atitudes mentais exteriorizadas pelas criaturas que o frequentam”. O acesso ao interior do recinto não é franqueado a todos os Espíritos, ante o perigo daqueles que se mostram muito perturbados, agressivos e contrários às atividades ali desenvolvidas, colocarem em risco a harmonia das mesmas. Revela haver no halo luminoso que envolve o prédio, no ponto reservado para o acesso, um aparelho que abre pequena passagem para os triados que mostrem condições favoráveis, denominado “capacitor vibracional”. No ambiente onde se desenvolve a palestra pública, informa haver, voltada para o auditório onde permanecem os desencarnados em atendimento, grandiosa tela luminescente capaz de captar as ondas mentais do orador, traduzindo-as em forma de imagens vivas e arrebatadoras, produzindo efeitos altamente positivos nos necessitados presentes na Dimensão invisível. As atividades capazes de sensibilizar as mentes e corações presentes, seja na orientação ou na oratória, contam sempre com o apoio de Benfeitores que influenciam tais trabalhadores através da intuição, em sintonia tanto mais perfeita quanto for a predisposição e preparo dos servidores encarnados. E, entre muitas informações, ouve que “a questão do sono que muitas vezes envolve os encarnados durante as palestras, resulta principalmente da indisciplina mental por não cultivarem a atenção, dispensada, por exemplo, durante as horas a fio diante de um filme de difícil interpretação. Mesmo no caso da intensa hipnose sustentada por obsessores através da influenciação negativa a distância, a questão ainda é a indisciplina mental do indivíduo que se compraz em tal situação”.    

domingo, 6 de janeiro de 2013

Porque não ?


Porque todas as mães que choram os filhos mortos e ficariam felizes se se comunicassem com eles, muitas vezes não o podem? Porque a visualização deles lhes é recusada, mesmo em sonhos, a despeito de seu desejo e preces ardentes? Naturalmente são duas perguntas que muitos se fazem diante do entusiasmo daqueles que se surpreendem com o conteúdo de informações e detalhes pessoais constantes das cartas mediúnicas, sobretudo as psicografadas por Chico Xavier. Por sinal, o canal de comunicação objetivamente disponibilizado a partir da identificação e definição da mediunidade pelo Espiritismo, revelou-se um instrumento útil para esse fim, utilizado especialmente por aqueles que, vencidos pela dor da separação, superam as barreiras do preconceito e conceitos nascidos nas escolas religiosas tradicionais ou nas sombras da ignorância. Allan Kardec na REVISTA ESPÍRITA, edição de agosto de 1866, teceu interessantes esclarecimentos sobre os “porquês” das perguntas com que iniciamos essas considerações. Pondera ele: “ -Além da falta de aptidão especial que, como se sabe, não é dada a todos, há, por vezes, outros motivos, cuja utilidade a sabedoria da Providência aprecia melhor que nós. Essas comunicações poderiam ter inconvenientes para as naturezas muito impressionáveis; certas pessoas poderiam delas abusar e a elas se entregar com um excesso prejudicial à saúde. Em semelhante caso, sem dúvida a dor é natural e legítima; mas, algumas vezes, é levada a um ponto desarrazoado. Nas pessoas de caráter fraco muitas vezes essas comunicações reavivam a dor, em vez de a acalmar.  Daí  porque nem sempre lhes é permitido receber, mesmo por outros médiuns, até que se tenham tornado mais calmas e bastante senhoras de si para dominar a emoção. A falta de resignação, em casos tais, é quase sempre uma causa do retardamento. Depois, é preciso dizer que a impossibilidade de se comunicar com os Espíritos que mais se ama, quando se o pode com outros, é, muitas vezes, uma prova para a fé e a perseverança e, em certos casos, uma punição. Aquele a quem esse favor é recusado deve, pois, dizer-se que sem dúvida a mereceu. Cabe-lhe procurar a causa em si mesmo, e não atribui-la à indiferença ou ao esquecimento do Ser lamentado. Enfim, há temperamentos que, não obstante a força moral, poderiam experimentar o exercício da mediunidade com certos Espíritas, mesmo simpáticos, conforme as circunstâncias. Admiremos em tudo a solicitude da Providência, que vela pelos menores detalhes e saibamos submeter-nos à sua vontade sem murmúrio, porque ela sabe melhor que nós o que nos é útil e providencial. Ela é para nós como um bom pai, que não dá sempre a seu filho o que ele deseja. As mesmas razões ocorrem no que concerne aos sonhos. Os sonhos são as lembranças do que o Espírito viu em estado de desprendimento, durante o sono. Ora, essa lembrança pode ser bloqueada. Mas aquilo de que a gente não se lembra não está, por isto, perdido para a alma. As sensações experimentadas durante as excursões que ela faz no mundo invisível, deixam, ao despertar, impressões vagas e a gente não cita pensamentos e ideias cuja origem, muitas vezes, não se suspeita. Pode, pois, ter-se visto, durante o sono, os seres aos quais se tem afeição, entreter-se com eles e não guardar a lembrança. Então se diz que não se sonhou. Mas se o Ser lamentado não se pode manifestar de uma maneira extensiva qualquer, nem por isso estará menos junto dos que o atraem por seu pensamento. Ele os vê, ouve suas palavras e, muitas vezes, adivinha-se sua presença por uma espécie de intuição, um sentimento íntimo, e, até mesmo por certas impressões físicas.  A certeza de que não está no nada; de que não está perdido nas profundezas do espaço, nem nos abismos do inferno; de que é mais feliz, agora isento dos sofrimentos corporais e das tribulações da vida; de que o verão, após uma separação momentânea, mais belo, mais resplendente, sob um envoltório etéreo imperecível, e não sob a pesada carapaça carnal; eis a imensa consolação que recusam os que creem que tudo acaba com a vida; eis o que oferece o Espiritismo”.       NÃO DEIXE DE CONHECER A SÉRIE INFORMAÇÃO ESPÍRITA. BASTA CLICAR NOS LINKS ABAIXO INDICADOS


quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Sistemas de Segurança e Defesa no Plano Espiritual


Monitores de televisão e armas projetando descargas elétricas eram apenas sonhos dos visionários da ficção científica, contudo, descrições da realidade de dimensões vibratórias do Universo Paralelo que se confundem com a nossa, já citavam sua existência. Como no clássico MEMÓRIAS DE UM SUICIDA (feb),cuja psicografia, iniciada em 1926, na cidade de Lavras, (MG), por Yvonne Pereira, onde, no capítulo de abertura da segunda parte do livro, o Autor Espiritual escreve: “-No primeiro gabinete existiam estranhas baterias de aparelhos que pareciam ser telescópios possantes, maquinarias aperfeiçoadas, elevadas ao estado ideal, para sondagem a grandes distâncias, espécies de “Raio X” capazes de perquirir os abismos do Espaço Infinito, assim como do Mundo Invisível e da Terra. Outros, porém, desafiavam nossa compreensão de calouros do Mundo Espiritual. No segundo gabinete, telas luminosas, colossais, das quais as existentes nas enfermarias do Hospital pareciam graciosas miniaturas, indicavam haver necessidade, ali também, de retratarem-se acontecimentos e cenas ocorridos a imensuráveis distâncias, tornando-os presentes aos técnicos e observadores para tanto credenciados, a fim de serem devidamente estudados e examinados. Semelhantes aparelhos, cuja perfeição o homem ainda não concebe, não obstante já se achar em seu encalço, permitiria ao operador conhecer até os mínimos detalhes qualquer assunto, mesmo o desenvolvimento dos infusórios nos leitos abismais do Oceano, se necessário, bem assim a sequencia de uma existência humana que se precisasse conhecer ou as ações de um Espírito em atividade no Invisível, nas camadas inferiores ou durante missões penosas e excursões pertinentes aos serviços assistenciais”. Anos depois, ainda antes do advento da televisão e das armas eletromagnéticas, através de Chico Xavier, o Espírito André Luiz citaria barreiras magnéticas de defesa, canhões eletrônicos, lança-choques, petardos magnéticos, redes luminosas de defesa, raios desintegrantes ,entre outros, em seus relatos sobre a realidade que encontrou após a morte. Na obra OS MENSAGEIROS (feb,1944), capítulo 20, a certo trecho comenta: “E as armas? Identificava-lhes a presença na maquinaria instalada ao longo dos muros, copiando pequenos canhões conhecidos na Terra”. Mais à frente, pergunta a seu cicerone: “-Mas, e as armas? – perguntei – acaso são utilizadas?, ouvindo: “- Como não? Não temos balas de aço, mas temos projetis elétricos. Naturalmente, a ninguém atacaremos. Nossa tarefa é de socorro e não de extermínio”. Indagando sobre seus efeitos, ouve que poderiam causar a impressão da morte, naturalmente para aqueles Espíritos desencarnados que ainda se agarram às impressões físicas. No capítulo quatro d’ OBREIROS DA VIDA ETERNA (feb,1946), conta: “- Em dado momento, ouvimos explosões ensurdecedoras. Quase no mesmo instante, certo auxiliar penetrou o recinto e comunicou: “-Atacam-nos com petardos magnéticos”. A diretora resoluta ouviu serena, e determinou: “-Emitam raios de choque fulminante, assestando baterias. As farpas elétricas, deviam ser atiradas em silêncio, porque as explosões diminuiriam até à extinção total, percebendo-se que a horda invasora se desviara noutro rumo, pelo ruído a perder-se distante”. No capítulo oito: “-Os adversários gratuitos de nossa atuação não se limitaram ao vozerio perturbador. Bolas de substância negra começaram a cair, ao nosso lado, partindo de vários pontos do abismo de dor. –As redes! – exclamou Zenóbia, dirigindo-se a alguns colaboradoresestendam as redes de defesa, isolando-nos o agrupamento. As determinações foram cumpridas rapidamente. Redes luminosas desdobraram-se à nossa frente, material esse especializado para o momento, em vista da sua elevada potência magnética, porque as bolas e setas, que nos eram atiradas, detinham-se aí, paralisadas por misteriosa força. Mas o mais impressionante, encontramos no AÇÃO E REAÇÃO (feb,1957), capítulo 3: “- Atravessamos vastíssimos corredores e largos salões, em sentido ascendente, até que começamos a subir de maneira direta. O local conhecido por Agulha de Vigilância era uma torre, provida de escadaria helicoidal, algumas dezenas de metros acima do grande e complicado edifício. No topo, descansamos em pequeno gabinete, em cujo recinto interessantes aparelhos nos facultaram a contemplação da paisagem exterior. Assemelhavam-se a telescópios diminutos, que funcionavam como lançadores de raios que eliminavam o nevoeiro, permitindo-nos exata noção do ambiente constrangedor que nos cercava, povoado de criaturas agressivas e exóticas, que fugiam, espavoridas, ante vasto grupo de entidades que manobravam curiosas máquinas à guisa de canhonetes”. Indagando sobre tais equipamentos, ouviu: “- Podemos defini-las como canhões de bombardeio eletrônico. As descargas sobre nós são cuidadosamente estudadas, a fim de que não nos atinjam sem erro na velocidade de arremesso”.      CONHEÇA A SÉRIE INFORMAÇÃO ESPÍRITA CLICANDO OS LINKS ABAIXO INDICADOS. UM JEITO DIFERENTE DE CONHECER A VISÃO DO ESPIRITISMO SOBRE QUESTÕES PALPITANTES.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Influência, Sintonia, Envolvimento - A dinâmica da Perturbação


Pensamentos que cruzam insistentemente nossa mente desviando-nos a atenção daquilo em que nos concentramos; sensações de mal-estar ou medo sem explicações; sintomas de problemas de saúde de origem desconhecida. Analisando os determinantes de um problema a ele apresentado, Allan Kardec na edição da REVISTA ESPIRITA de dezembro de 1862, oferece-nos, dentro da racionalidade que lhe era peculiar, importantes elementos para entendermos as situações propostas no início deste texto. Destacamos alguns trechos do seu estudo para refletirmos. Diz ele: “-O primeiro ponto que importa bem se compenetrar, é da natureza dos Espíritos, do ponto de vista moral. Não sendo os Espíritos senão as almas dos homens, e não sendo bons todos os homens, não é racional admitir-se, que o Espírito de um perverso de súbito se transforme. Do contrário seria desnecessário a retificação na vida futura. A experiência confirma esta teoria, ou melhor, a teoria é fruto da experiência. Mostram-nos as relações com o Mundo Invisível, ao lado de Espíritos sublimes de sabedoria e de conhecimento, outros ignóbeis, ainda com todos os vícios e paixões da Humanidade. Após a morte, a alma de um homem de bem será um bom Espírito; reencarnado, um bom Espírito será um homem de bem. Pela mesma razão, ao morrer, um homem perverso será um Espírito perverso no mundo invisível. Assim, enquanto o Espírito não se houver depurado ou experimentado o desejo de se melhorar. Porque, entrando na via do progresso, pouco a pouco se despoja de seus maus instintos, eleva-se gradativamente na hierarquia dos Espíritos, até atingir a perfeição, acessível a todos, pois Deus não pode ter criado seres eternamente votados ao mal e à infelicidade. Assim, os mundos visível e invisível se penetram e alternam incessantemente; se assim podemos dizer, alimentam-se mutuamente; ou, melhor dito, esses dois mundos na realidade constituem um só, em dois estados diferentes(...). Sendo a Terra um mundo inferior, isto é, pouco adiantado, resulta que a imensa maioria dos Espíritos que a povoam, tanto no estado de desencarnados, quanto encarnados, deve compor-se de Espíritos imperfeitos, que fazem mais mal que bem(...). É, pois, necessário imaginar-se o mundo invisível como formando uma população inumerável, compacta, por assim dizer, envolvendo a Terra e se agitando no espaço. É uma espécie de atmosfera moral, da qual os Espíritos encarnados ocupam a parte inferior(...). Assim como o ar das partes baixas da atmosfera é pesado e malsão, esse ar moral é também malsão, porque corrompido pelas emanações do Espíritos impuros. Para resistir a isso são necessários temperamentos morais dotados de grande vigor”. Servindo-se d’O LIVRO DOS ESPÍRITOS, explica: “Há no homem três coisas: a alma, ou Espírito, princípio inteligente; o corpo, envoltório material; o perispírito, envoltório fluídico semi-material, servindo de laço entre o Espírito e o corpo(...) Por sua natureza fluídica, essencialmente móvel e elástica, se assim se pode dizer, como agente direto do Espírito, o períspirito é posto em ação e projeta raios pela vontade do Espírito. Por eles, transmite o pensamento, porque, de certa forma, está animado pelo pensamento do Espírito. Sendo o períspirito o laço que une o Espírito ao corpo, é por seu intermédio que o Espírito transmite aos órgãos, não a vida vegetativa, mas os movimentos que exprimem sua vontade,; é também, por seu intermédio que as sensações do corpo são transmitidas ao Espírito(...). Suponhamos agora duas pessoas próximas, cada qual envolvida por sua atmosfera espiritual (...). Esses fluidos põem-se em contato e se penetram. Se forem de natureza simpática, interpenetram-se; se de natureza antipática, repelem-se e os indivíduos sentirão uma espécie de mal-estar, sem se darem conta; se, ao contrário, forem movidos por sentimentos de benevolência, terão um pensamento de benevolência, que atrai (...). Se um Espírito quiser agir sobre uma pessoa, dela se aproxima, envolve-a com o seu períspirito, como num manto; os fluidos se penetram, os dois pensamentos e as duas vontades se confundem (...). Se o Espírito for bom, sua ação será benéfica e só fará boas coisas; se for perverso e mau, o constrange, até paralisar sua vontade e razão, que abafa com seus fluidos (...). Fá-lo pensar, falar e agir por ele, leva-o contra a vontade a atos extravagantes ou ridículos; numa palavra o magnetiza e o cataleptiza moralmente e o indivíduo se torna um instrumento cego de sua vontade. Tal é a causa da obsessão, da fascinação e da subjugação - geralmente chamada possessão -, que se mostram em diferentes graus de intensidade”. VOCÊ CONHECE OS PROGRAMAS DA SÉRIE INFORMAÇÃO ESPÍRITA? CLIQUE NUM DOS LINKS INDICADOS ABAIXO